quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Dia após dia rumo à eternidade...
Suspiro de Cristiano Dias 0 Sussurro(s)
Labels: Momentos
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Uma cena..
A intensidade de um beijo...
O sentimento de eternidade...
A expressividade do amor...
Tudo num só.
Suspiro de Cristiano Dias 0 Sussurro(s)
Labels: Filmes, TheFountain, Videos
Silêncio...
parece já do seu ofício fatigada,
e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,
quando azuis irrompem
os teus olhos
e procuram
nos meus navegação segura,
é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,
pelo silêncio fascinadas.
Eugénio de Andrade.
Suspiro de Cristiano Dias 0 Sussurro(s)
Labels: EugéniodeAndrade, Poesia
domingo, 22 de fevereiro de 2009
Amor Vivo.
Não sejam sempre tímido a arpejos,
Não sejam só delírios e desejos
D'uma douda cabeça escandecida...
Amor que viva e brilhe! Luz fundida
Que penetre o meu ser - e não só beijos
Dados no ar - delírios e desejos -
Mas amor... dos amores que têm vida...
Sim, vivo e quente! E já a luz do dia
Não virá Dissipá-lo nos meus braços
Como névoa de fantasia...
Nem murchará do sol à chama erguida...
Pois que podem os astros dos espaços
Contra débeis amores... se têm vida?
Suspiro de Cristiano Dias 0 Sussurro(s)
Labels: AnteroQuental, Poesia
"As Máscaras que se olham", de José Saramago
Ora, a cruz desapareceu, já não está lá. Partiram-na ao rente do pé, deixando o jazigo subitamente nu, com aquele ar friorento e sem jeito que têm os homens quando lhes cortam o cabelo, ou as árvores quando são podadas. Não se sabe quem foram os autores do atentado sacrílego, desconhecem-se as razões do atrevimento. Mas a alma portuguesa, a mística alma, não pode deixar de sentir-se confortada ante o acto magnífico de roubar-se uma cruz de pedra só porque, durante meio século, ela velou o último sono de um poeta. Portugal, afinal de contas, não está perdido se filhos seus mantêm esta fé e praticam esta coragem. Acredito que sobre a cruz e o furto possam vir a ser lançados os alicerces de um culto novo, de que Fernando Pessoa seria, ao mesmo tempo, profeta e livro. E também não me surpreenderia se me viessem dizer que a esta mesma hora, numa qualquer cave de Lisboa, uma congregação de neófitos já vai elaborando um rito e inventando orações, ou simplesmente adaptando os velhos passes de mágica à nova esperança de redenção.
Há sempre um fundo de tristeza na ironia: a esta pouco lhe faltou para atingir a lágrima. Claro que não cairei na banalidade de interrogar-me sobre se Portugal merecia este poeta, como não pergunto se mereceu Camões. Mas torna-se cada vez mais evidente o carácter redutor da relação que, preconcebidamente ou pela obscura força das circunstâncias de tempo e de lugar, se está estabelecendo entre os portugueses vivos que hoje somos e o poeta morto e trasladado, mais emblema, ele, que homem, mais símbolo difuso que discurso coerente, mais pretexto evasivo que afirmação peremptória.
É possível que Fernando Pessoa tenha nisto grande responsabilidade. Homem de máscaras que olham máscaras, é como se só máscaras o pudessem ler e porventura compreender. Mas o que, sendo assim, produziria infalivelmente uma constelação de sentidos, de significados, de leituras infinitamente abertas e nunca conclusivas, veio, pelo contrário, a esbarrar com a tentação de definir um Fernando Pessoa unificado, do qual, por mera ramificação sucessiva, tivessem nascido heterónimos em qualquer momento reversíveis ao seu ponto de partida. Trabalho vão, em meu entender. Cada um de nós é quem é, mas aquele que em nós faz é outro. Fernando Pessoa soube-o melhor que ninguém, e os heterónimos, mais do que «drama em gente», são, cada um deles, a expressão individualizante de um conteúdo plural que se tornou singular no seu fazer-se, um ser que é diferente porque diferente foi o fazer dele.
Posta a questão nestes termos, seria fascinante ler Ricardo Reis como Ricardo Reis, e não como Fernando Pessoa. E o mesmo com Álvaro de Campos. Ou Alberto Caeiro. Ou Bernardo Soares. E todos os esboçados e inacabados heterónimos como crianças ou adolescentes que não puderam crescer, mas que eram já, no que foram, outros. E finalmente duvidar que os poemas ortónimos tenham sido realmente escritos por um Fernando Pessoa, tal como ele, com esse próprio nome, duvidou da sua existência. Estaríamos, aí, em pleno campo da esquizofrenia (com ressalva do emprego não de todo adequado da expressão), mas, correndo os riscos de quem ousa um passo em terreno tão instável, poderíamos agora interrogar-nos sobre a virtual maior produtividade duma leitura radiante, aceitando à letra aquilo que teria sido a verificação final de Fernando Pessoa: eu não sou eles. E talvez que «O Ano da Morte de Ricardo Reis» seja, em mais de quatrocentas páginas de prosa, tão-somente uma leitura que caminha ao longo de um raio, uma trajectória vital e poética a que nenhum outro poema pode ser juntado, mas em que se admite como plausível uma vida outra, que é mentira e por isso verdade outra, como a máscara é um rosto outro. Talvez seja preciso escrever também sobre os anos da morte de Alberto Caeiro, de Álvaro de Campos, de Bernardo Soares, para que sejam, cada um deles, cada vez menos Fernando Pessoa, como Fernando Pessoa os quis.
Há vertigem neste jogo. As máscaras olham-se sabendo-se máscaras. Usam um olhar que não lhes pertence, e esse olhar, que vê, não se vê. Colocamos no rosto uma máscara e somos outro aos olhos de quem nos olhe. Mas de súbito descobrimos, aterrados, que, por trás da máscara que afinal não poderemos ser, não sabemos quem somos. Está portanto por saber quem é Fernando Pessoa."
Suspiro de Cristiano Dias 0 Sussurro(s)
Labels: FernandoPessoa, Saramago
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
For the One I Love...
we make the perfect pair -
There's romance, love, and laughter
in the friendship that we share.
We care enough to listen,
to trust and understand,
To build a life together,
side by side and hand in hand...
We both know that we're lucky
and we've got a good thing going,
Through ups and downs
and give and take,
our love just keeps on growing...
'Cause I bring out the best in you,
and you the best in me -
I guess it takes the two of us
to make a perfect "we."
Suspiro de Cristiano Dias 0 Sussurro(s)
Labels: Pensamentos, Poesia
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Porque há locais onde as palavras mágicas existem...
home, looking for the great escape.
Gets in his car and drives away,
far from all the things that we are.
Puts on a smile and breathes it in
and breathes it out, he says,
bye bye bye to all of the noise..."
The Great Escape, Patrick Watson
Suspiro de Cristiano Dias 0 Sussurro(s)
Labels: Pensamentos
Ás vezes dá-me para pensamentos assim...
Suspiro de Cristiano Dias 1 Sussurro(s)
Labels: Pensamentos
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Valentine's DAY!
Vendo-te a ti, vestida de branco…
Na orelha, lírios amarelos.
Nos olhos, um orgulho imenso.
No coração, um amor doce…
O vento fazia ondular o teu vestido,
As tuas mãos tinham a energia do mundo na sua pele,
O sorriso estava diferente, sem palavras.
A felicidade vivia-se…
Encontrámo-nos quando pensávamos que não havia mais nada…
Juntos superámos os obstáculos de todos os caminhos…
E culminámos a união numa simbiose de sentimentos,
Amor e esperança.
A vida trouxe-nos o que esperávamos dela.
Um sorriso. Um orgulho. Uma alegria.
Juntos declamámos às estrelas a poesia da nossa vida.
Unidos mostrámos um abraço profundo.
A vida trouxe-nos muitas coisas…
Sem nunca nos fazer esquecer,
Aquele dia em que tu e aquele vestido branco
Fizeram maravilhas aos meus olhos.
Simplesmente, porque hoje é um dia muito especial:
Suspiro de Cristiano Dias 0 Sussurro(s)
Labels: Música, Pensamentos, Poesia, Valentine'sDay, Videos
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
My BlueBerry Nights
É um filme especial que vale a pena ver. Digo isto porque é um filme com uma história possível de acontecer a qualquer pessoa, é directo, macio, mas, sobretudo, é um filme muito direccionado para a maneira como lidamos com o nosso dia-a-dia e com o que achamos que é indispensável para nós.
Todo o filme trata em dar várias reacções possíveis, várias respostas possíveis para a mesma pergunta: “Como pode se dizer adeus a alguém sem o qual não vivemos?” A emoção é sempre a mesma: “Dor.”; mas a resposta também pode ser ensinada: “Adeus nem sempre significa um fim. Algumas vezes significa um novo começo.” O filme retrata aqueles momentos em que sentes um aperto no peito quando a porta se fecha e que nunca mais se abre porque a chave foi deitada fora…
Diria que é um filme perfeito para quem gosta de parar no tempo as vezes e observar como se reage a vários acontecimentos. Diria que é um filme perfeito para se ver numa tarde cinzenta e de chuva, como esta…
Ps: Jude Law, Natalie Portman, Rachel Weisz já não são novidades para ninguém que está a ver filmes constantemente, mas vejam Norah Jones, a figura central, sou amante da sua música e fiquei incrivelmente chocado com a sua performance…
Suspiro de Cristiano Dias 1 Sussurro(s)
Labels: cinema, Mybluberrynights
domingo, 1 de fevereiro de 2009
J'adore.
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar,
Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.
Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
“quebrei a cara muitas vezes”!
Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).
Mas vivi, e ainda vivo!
Não passo pela vida…
E você também não deveria passar!
Viva!
Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é “muito” pra ser insignificante.
Suspiro de Cristiano Dias 0 Sussurro(s)
Labels: Pensamentos, Poesia