Guardo-te em mim como uma visão de alegria, mas sobretudo, de diferença. Guardo-te em mim como um apertar da roupa em tempos frios; como um doce mistério que nunca decifrarei; como uma doce beleza que nunca vou largar. Mas guardo-te em mim, não porque queira, mas porque preciso. Guardo-te em mim, simplesmente, porque é a única forma de me guardar a mim próprio. Guardo-te em mim hoje, amanhã e depois de amanhã. Guardo-te para o futuro e para o que vier depois do futuro…Guardo-me. Guardo-te. Guardo-nos. Como a flor mais bonita que já nasceu no nosso jardim…
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Ter-te mais do que uma forma de arte é uma forma de vida feliz...
Suspiro de Cristiano Dias 1 Sussurro(s)
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terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Um Desejo Para Este Natal !
There's just one thing I need
I don't care about the presents...
I just want you for my own
More than you could ever know
Make my wish come true...
All I want for Christmas is... You!
Suspiro de Cristiano Dias 0 Sussurro(s)
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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
As palavras que marcam o meu aniversário este ano...
I am just crazy about you!
Suspiro de Cristiano Dias 3 Sussurro(s)
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domingo, 30 de novembro de 2008
Deixa-te ficar na minha casa...
No meio de tanto vazio, há espaço e tempo para um sorriso. Um sorriso que recorda cada momento alegre e, sobretudo, cada sorriso teu a cada palavra minha. A saudade trás à memória minutos mágicos do passado e um orgulho imenso para o que será o futuro. Posso dizer que te tenho, mas posso dizer ainda mais que nunca te irei perder...
Confiante agora volto a esticar os braços, penso em todos esses momentos enquanto o faço. Primeiro, penso que não irei encontrar nada de novo; depois, tenho a certeza que se acreditar terei o teu rosto e todo o teu corpo nas minhas mãos. Não demorou muito que sentisse a tua pele de volta e os teus lábios a tocarem a minha orelha enquanto me dizem "preciso de ti..."
Suspiro de Cristiano Dias 1 Sussurro(s)
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segunda-feira, 24 de novembro de 2008
À minha cinderela...
Coloco ambas as mãos sobre muro que se encontra a minha frente. Olho para o rio lá em baixo, é de manhã e é nesta altura que o sol abraça-o com o seu raiar e o rio agradece com um sorriso concretizado em ondas que chocam aqui e ali. Penso que talvez fosse difícil encontrar um lugar tão belo como este... Itália, Itália um encanto absorvido de vivência, um embrulho retirado de dentro de uma caixa transportando magia de um modo tão natural como respirar...
O relógio avisa-me do passar das horas. Vim cedo. A ansiedade origina a necessidade do caminhar por espaços vazios. A espera é longa, mas o amor é eterno. O sol se põe, a noite começa. Pergunto-me se chegas mesmo hoje. Dentro de mim começa a emergir o medo de que talvez não venhas... Colocando agora os braços ao invés das mãos sobre o muro, penso, penso muito em todos os nossos momentos e que toda a nossa felicidade teria de se concretizar ali. Uma lágrima foge, mas de alegria: "ela vem." Pus-me direito, ajeitei-me... queria estar perfeito aos teus olhos, com aquele meu jeito que tu tanto gostas.
Passaram umas horas mais. Agora sim, mais que nunca o nervosismo apoderara-se de mim. Mas por pouco tempo, por muito pouco tempo... de forma semelhante ao rasgo de sol que daquela manhã iluminava o rio, teus olhos ao longe iluminaram os meus. Quando te lançaste sobre os meus braços, fiquei mais leve. Perdera ali todos os medos do mundo em que nunca te teria. Sorri pela primeira vez naquela tarde...
"Anda, fica comigo, temos pouco tempo..."
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domingo, 23 de novembro de 2008
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma...
sabe a lua-de-água
ao amanhecer,
sabe a cal molhada,
sabe a luz mordida,
sabe a brisa nua,
ao sangue dos rios,
sabe a rosa louca,
ao cair da noite
sabe a pedra amarga,
sabe à minha boca."
Eugénio de Andrade
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sábado, 22 de novembro de 2008
Deixas em mim, tanto de ti...
Que te impeçam de partir,
Nas sombras do meu quarto
Há mil sonhos por cumprir.
Não sei quanto tempo fomos,
Nem sei se te trago em mim,
Sei do vento onde te invento, assim.
Não sei se é luz da manhã,
Nem sei o que resta em nós,
Sei das ruas que corremos sós,
Porque tu,
Deixas em mim
Tanto de ti..."
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Por entre páginas li isto um dia destes...
Margarida Rebelo Pinto, “Vou contar-te um segredo”
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quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Make You Feel My Love...
"I could make you happy
Make your dreams come true
Nothing that I wouldn't do
Go to the ends
Of the Earth for you
To make you feel my love "
Suspiro de Cristiano Dias 0 Sussurro(s)
sábado, 15 de novembro de 2008
P.S. I Love You
Ao contrário dos outros, não é um filme que se focaliza no amor. Por outro lado, é um filme que constrói o amor. Numa perspectiva filosófica, poderíamos dizer que ele alimenta a construção do amor, depois dele ter nascido e até um infinito distante. Dizer que o filme retrata uma história de amor é dizer muito pouco, é mais que isso... é um exemplo de vivência humana. Direcciona-se para o passo seguinte depois do amor estar estabelecido, para lá da muralha que é a construção a dois.
Em termos muito pragmáticos, o filme versa sobre como se mantém um amor que já não é possível fisicamente, ou melhor, depois de um amor intenso, único e que por vezes não se dá a sua devida importância, o que acontece quando já não é possível? Este filme levamos para uma mítica discussão que é a de saber: para se amar é essencial estar fisicamente presente? Respondo: não. E falo por experiência própria. É possível amar-se alguém que não está connosco, porque a arte de saber amar é saber estar perto quando se está longe... é o que alimenta a chama, e o sentimento de carinho. É verdade que no filme falamos de uma perspectiva diferente que é de não estar fisicamente presente nenhuma vez mais. Suponho que seja impossível esquecer cada sentimento de um dia para o outro, mesmo não tendo a outra pessoa para alimentar esse amor, mas onde o filme se torna especial é neste ponto: "nunca mais estará presente fisicamente, mas o amor continuará a ser alimentado..." Alimentado por aquilo que Álvaro Campos dizia: "Todas as cartas de amor são ridículas. E não seriam cartas de amor se não fossem ridículas..." Este filme encaminha-nos para uma outra visão das coisas: damos verdadeiramente valor ao que é importante para nós? sabemos tomar as opções certas no momento certo? Muitas são as vezes em que não damos valor ao que é importante para nós e só nos lembramos quando acordamos com um vazio no peito e depois recordamos as oportunidades perdidas, os momentos tristes por coisas sem significado, e concluímos que nos esquecemos de dizer "Amo-te. És a coisa mais importante para mim na vida.." porque se estava menos bem, e mal nos apercebemos que aquela era a última oportunidade...
Este filme ensina outra coisa: no nosso coração ninguém manda e, por vezes, muito menos mandamos nós próprios... pedirem-nos para seguirmos em frente e esquecermos o nosso grande amor é, simplesmente, uma tarefa impossível para quem ama verdadeiramente...
É daqueles filmes obrigatórios de se ver. Eu diria que não é extremamente lamechas, mas sim extremamente puro. Eu revi-me em várias coisas e acções... aquelas coisas que só nós compreendemos o seu significado. É romântico, muito romântico... onde vive a surpresa e a presença... Entrou para o lote dos meus filmes preferidos, é mais um daqueles que quero ver, uma, duas, três vezes mais... as que forem precisas para memorizar falas, cenas e captar sentimentos que muitas vezes passam-nos ao lado na primeira vez que vemos... É um doce, um simples doce...
"It's to tell you how much you move me, how you changed me. You made me a man, by loving me . And for that, I am eternally grateful... literally. If you can promise me anything, promise me that whenever you're sad, or unsure, or you lose complete faith, that you'll try to see yourself through my eyes. Thank you for the honor of being my wife. I'm a man with no regrets. How lucky am I. You made my life. But I'm just one chapter in yours. There'll be more. I promise."
Suspiro de Cristiano Dias 2 Sussurro(s)
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sexta-feira, 14 de novembro de 2008
P.S. I Love You...!
Hoje conquistei uma certeza. Mesmo distantes conseguimos proporcionar momentos felizes. Muito felizes. A cada dia o sentimento intensifica-se.. a saudade em nós fortalece a consciência do amor. Sabes, é tão bom quando me surpreendes... como hoje. O meu maior desafio de sempre será tentar retribuir o que me dás... que é tanto, meu amor, mas tanto.
"Levantei-me... deixei sobre a mesa todas as cartas que recebi dela. Caminhei para a porta com a ideia inabalável de que seria hoje, de hoje não passaria, hoje vou senti-la nos meus braços, hoje vou sentir em cada centímetro do nosso corpo a intensidade do nosso amor, hoje vou tê-la e vou ser feliz."
A nossa vida é composta por muitos actos, muitos acontecimentos, muitos estados de espírito diferentes. Mas hoje quando for para a cama, vou sentir cada vez maior o sentimento de que: o acto mais importante da minha vida é amar-te; o acontecimento mais marcante da minha vida foi conhecer-te e será ter-te; o meu estado de espírito é uma simbiose de felicidade intrínseca ao nosso corpo e um desejo de te dar um pouco mais de carinho colado ao meu coração...
'Nunca saberei como será viver sem ter o teu sorriso por cada cantinho da minha vida...'
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segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Sonhas comigo?
Antes de ti, nunca tive nada. Nem uma única e simples forma de carinho. Hoje que te tenho caminho em tua direcção, por muito que o caminho seja longo, nunca desistirei. Estamos longe é certo. A distância pode ser como uma muralha impeditiva de intensificar a paixão. Se é um verdadeiro problema? Direi que às vezes, só às vezes... quando a saudade aperta, sem qualquer tipo de aviso prévio, e o coração brota lágrimas... puras e simples lágrimas. Se vai ser por causa dela que não seremos felizes? Claro que não, meu amor... Lembra-te: a felicidade e o verdadeiro amor está quando conseguimos estar juntos e suficientemente perto um do outro, quando fisicamente estamos a milhares de quilómetros de distância... Esperei anos da minha vida por um verdadeiro amor, e espero mais o tempo que for preciso para te ter comigo...
Em toda a minha vida sempre tive dois critérios na minha mente para saber quando estaria a amar alguém. O primeiro seria: ter orgulho na pessoa que estava apaixonado. Hoje, posso dizer com toda a certeza... tenho muito orgulho em ti, minha princesa. O segundo seria: descobrimos que estamos a amar alguém quando esse alguém não é uma pura e simples pessoa que está connosco, mas sim o começamos a ver como a pessoa que queremos constituir família. Hoje, posso dizer, sempre sonhei casar-me e ter filhos... e para mim, isso só terá o significado que sonho se for contigo. Quando encontramos o amor, tornamo-nos lamechas, eu já o era um pouco antes, mas confesso sou o dobro agora, mas também confesso que o sou muito por tua causa ter-te é a melhor inspiração que poderia ter na vida...
"Caminhávamos juntos pelo jardim da nossa vida, vivíamos cada momento como se fosse o último, apesar de sabermos que viria mais e mais momentos como aqueles. Íamos de mãos dadas, a minha mão direita sobre a tua mão esquerda, por vezes juntávamo-nos mais um pouco e sorriamos um para o outro. Era um daqueles momentos em que um olhar vale mais que mil palavras e em que um beijo nos teus lábios vale mais do que mil pedidos de desculpas..."
'Vou sonhar contigo...e tu sonhas comigo?'
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sábado, 8 de novembro de 2008
Mais perto...
"Só para dizer
que te amo,
nem sempre encontro
o melhor termo,
nem sempre escolho o melhor modo.
Devia ser como no cinema,
a lingua inglesa
fica sempre bem
e nunca atraiçoa ninguém.
O teu mundo
está tão perto do meu,
e o que digo está tão longe
como o mar esta do céu.
Por isso esta noite
fiz esta canção
para resolver o meu problema de expressao.
Pra ficar mais perto
Bem mais perto
Fica mais perto
Bem mais perto"
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sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Aquele leve, leve toque...
sem que vás cortando o meio-dia
como uma flor azul, sem que caminhes
mais tarde pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que talvez outros não verão dourada,
que talvez ninguém soube que crescia
como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas, enfim, sem que viesses
brusca, incitante, conhecer a minha vida,
rajada de roseira, trigo do vento,
e desde então sou porque tu és,
e desde então és, sou e somos,
e por amor serei, serás, seremos.
Pablo Neruda
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Um pedaço de algo leve...
Quando te procurei
Estaria por acaso a verdade à minha espera?
O amor ocorre num espaço flutuante
Num exíguo lugar-nenhum
E o sonho é matéria incerta
Mestre na arte da fuga.
Ana Hatherly, in "A Neo-Penélope"
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quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Crónica
Sei que também aprendeste muito comigo, mais do que imaginas e do que agora consegues alcançar. Só o tempo te vai dar tudo o que de mim guardaste, esse tempo que é uma caixa que se abre ao contrário: de um lado estás tu, e do outro estou eu, a ver-te sem te poder tocar, a abraçar-te todas as noites antes de adormeceres e a cada manhã que acordares.
Não sei quando te voltarei a ver ou a ter notícias tuas, mas sabes uma coisa? Já não me importo, porque sempre soube que ia ser assim. Guardei-te no meu coração antes de partires. Numa noite perfeita entre tantas outras, liguei o meu coração ao teu com um fio invisível e troquei uma parte da tua alma com a minha, enquanto dormias.
Não acordaste, nunca acordavas, o teu sono embalava-me e eu sentia-me uma semente debaixo da terra a crescer em silêncio para a felicidade. E não pode haver amor mais certo do que aquele que nos faz felizes. É só deixar correr, como, afinal, tudo o que é verdadeiramente importante na vida."
in Vou Contar-te um Segredo
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domingo, 2 de novembro de 2008
Agarra-me, prende-me e não vás sem mim...
Expiro. Fecho os olhos. Caminho em frente. Sem parar. Acelero uma, duas, três vezes... A sede que tenho da tua boca, o desejo que tenho do teu abraço, a saudade que tenho da pérola encantada que é o teu coração, não é mais do que o encadeamento de esferas iluminadas que caminham desde o alto monte até ao mais profundo do meu coração. É pura e simplesmente amar-te perdidamente, continuadamente, com vista ao infinito.
O fim do caminho está ainda longe. Mas possível. O eterno amor rege-se pelos ideais do conforto e do carinho. Repito para mim as minhas próprias palavras: amor não é estar perto quando se está perto, amor é saber-se estar perto, quando se está longe. A distancia fortalece o amor e estimula a saudade. Saudade essa que um dia será desfeita com um beijo atrás de outro beijo, e outro, e outro, e outro...
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quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Dois...Apenas Dois... Eternamente dois apenas.
Cada momento sem ti é uma ebulição de particulas de conduzem ao puro e simples sentimento. Sentimento este que se transforma como uma montanha russa, umas vezes está lá em cima a racionalizar cada segundo e afirmando que tudo corre bem e que o caminho é sempre em frente, outras está cá em baixo, a parte psicológica, a saudade, o anseio, a vontade de te encontrar e não o conseguir, a vontade de te ter e apenas te ver partir...
Recorda o álbum que criámos a cada dia e que hoje quase que o completamos, esfolheia cada momento teu, meu, nosso. Vive e não desesperes pelo passado. O passado já foi escrito, agora preocupa-te com o presente. Com o hoje e, mais tarde, com o amanhã, e não com o ontem. Qual a definição do mundo? Tu completas a tua e a minha vida. Nem hoje nem nunca é dia de desistir, lança as cartas e joga. Saberás sempre que serei sempre o resultado do teu jogo...
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes! e eu acreditava. Acreditava, porque ao teu lado todas as coisas eram possíveis.
"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis..."
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sábado, 25 de outubro de 2008
Entre os meus dedos te tive...
"Dás-me um beijinho?"
"Prometes sonhar comigo esta noite?"
Quando o sol se pôs, soou a campainha de partida. A preguiça invadiu cada movimento nosso, excepto o coração que tinha sede de amor. Sair dali significava o fim de mais um passeio contigo. Saímos com a minha mão no teu ombro e a tua no bolso de trás das minhas calças. Sorríamos, porque sair dali não era tão mal como pensávamos...
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quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Chega-te um pouco mais, deixa-me aquecer-te...
"Tenho tanto frio..."-disseste tu. Estávamos deitados sobre a neve de mãos dadas. Rapidamente nos levantámos e tratamos de tudo para ir embora. Mas antes, apertei as tuas mãos juntos das minhas, enquanto isso via as tuas bochechas rosadinhas: beijei-as, estavam geladas. E depois o teu nariz, igualmente gelado. Enquanto fechavas os olhos ao receberes os meus beijos, ajeitei ainda mais o cachecol. "vá anda aquece-me esse pescoço, senão vou ter de fazê-lo aos beijinhos". Sorriste. Aproveitei e dei-te um beijo na testa. Abracei-te, disse que te amo, e saímos dali.
"You still live in me
I feel you in the wind
You guide me constantly "
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domingo, 19 de outubro de 2008
É para sempre.!
Dia após dia, duas certezas se consolidam: o sentimento de amor não pára de crescer e não estou preparado para perder-te. Não estou preparado para que me deixes só, comigo e os meus pensamentos vazios. Não estou preparado nem um pouco, para viver o dia a dia e aceitar que é natural não te ter. Essencialmente não me vejo com tacto para me levantar, me ver ao espelho e acreditar que tudo tem um princípio e tem um final.
Não estou preparado para me deitar na cama e não te ter, apenas te recordar. Mais do que isso, não haveria preparação possível, para não te poder falar, olhar, sentir... Não quero sentir o momento em que não te posso abraçar e em que não me abraces, como hoje. Não quero pura e simplesmente caminhar pela rua fora sem sentir a tua mão junto da minha e perguntar-me o porquê de não a sentir.
Não estou preparado para não dormir assim, a teu lado, sentindo o calor do teu corpo ali bem perto e a tua voz no meu ouvido. Não estou hoje, nem nunca estarei.
Preciso de ti e do que significas. Há um lugar que é só teu. Há uma porta que só atravessaste. Há um espaço na nossa cama que só tu podes preencher...
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quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Vens dormir comigo esta noite?
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domingo, 12 de outubro de 2008
Hoje, desencontro. Amanhã, unidos.
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domingo, 5 de outubro de 2008
Uma balada nos nossos corações.
Não demora muito para que os nossos corpos se juntem um pouco mais... desta vez, num abraço. Os teus braços a enrolarem-me, a minha mão esquerda sobre ti, e a direita no teu pescoço enquanto te beijo. Ao som da música, as nossas línguas se tocaram. Dei por mim a fechar os olhos e a puxar-te um pouco para mais perto. Sentia o cheiro do corpo. Desejámos que aquele momento não acabasse nunca. Era como tínhamos sonhado.
As nossas bocas se largarem, os nossos olhos se abriram, as mãos não se deslocaram um centímetro. Por momentos, pensámos que o mundo era perfeito. Ao fundo, uma voz nos interrompia: "Está na hora de partir o bolo!"- disse alguém. Aquele momento era o nosso casamento...
Depois daquele dia, tive tudo o que sonhava: "no quarto uma mulher que me ama, na sala uma família feliz e no coração o amor da minha vida."
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quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Porque há momentos em que sentir os pés na água é como estar no paraíso...
Assim que saíste esbocei um sorriso. Estavas a ajeitar o cabelo. Fico maravilhado quando vejo os teus caracóis, lembro-me sempre das noites a fio em que fiquei a cheirar o teu cabelo enquanto dormias.. Sim, meu amor, as mesmas noites em que te queixavas que não te deixava dormir porque não paráva de te tocar.
Quando cheguei perto, senti as minhas mãos vazias. Respirei fundo. Dei um passo em frente. Preparava-me para abrir a boca e dizer-te algo que me desculpasse, soaram as tuas palavras: " Cala-te e diz que me amas anda lá.."
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segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Spending The Holidays With You
Passaram horas, o meu coração explodia de ansiedade. Vi algo. Perguntei-me se já estava a alucinar. Não, não estava. Caminhavas de forma a olhar para todos os sítios, na esperança de encontrar algo. Não me viste. Agarrei o ramo de flores com maior convicção, coloquei-os atrás das costas. E caminhei para ti. Não me contive em chamar o teu nome a meio caminho... foi o meu coração que o fez. Tinha os olhos húmidos, afinal de contas tinha o meu futuro à minha frente. Quando me viste, caminhaste em minha direcção os dois primeiros passos, depois correste... Quando te tive nos meus braços naqueles segundos, não controlei a emoção, respirei fundo diversas vezes, deixei que se caíssem as lágrimas que contive todo este tempo com saudades tuas... Pela primeira vez, te dizia "amo-te", olhos nos olhos... As tuas bochechas estavam rosadinhas, os teus olhos como os meus, os nossos corpos inseparáveis.
Passámos os dois dias seguintes assim. Sentindo a posse de um abraço, a felicidade de um beijo, e o controlo sobre o corpo do outro... Até certa altura, foi sempre assim, a espaços. Depois, foi sempre assim, para toda a vida...
« Oh when you're cold
I'll be there
Hold you tight to me »
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quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Se por acaso me vires por aí...
Avanço um pé. E depois outro. Paro um pouco. A pulsação aumenta. Estás ali tão perto. Sinto-o. De repente um barulho à minha esquerda assusta-me. "É só um pássaro" pensei. Fechei um pouco os olhos. Senti um arrepio...pegaste-me no braço, e perguntaste: "Então, sou aquilo que imaginaste todo este tempo?". Dei-lhe um beijo como resposta.
Desde então, só me lembro do cheiro do seu cabelo e do seu pescoço. Sinto falta dela todas as noites. As mesmas noites que sei que a tenho para toda a vida...
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terça-feira, 23 de setembro de 2008
I guess I'll try again tomorrow...
"Touch my mouth with your hands..."
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domingo, 21 de setembro de 2008
É um domingo às avessas...
Olho em volta, sinto o teu cheiro... dá-me uma ânsia tremenda de te sentir. Grito por ti. Não respondes. Vou ao nosso quarto. Aconchego-me à tua almofada. Penso que estás ali. Mas não estás. Quando me preparo para sair, sinto o rodar da chave. Voltaste. E eu voltei a ser feliz.
'Tenho saudades'
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sexta-feira, 19 de setembro de 2008
E eu sinto que num meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz...
Hoje recuperamos os momentos vividos e vamos ser cúmplices o resto da nossa vida, e para além dela. Depois de um dia cansado, vou esperar que chegues e vou sentir que mesmo depois de um dia frio existem lugares para fugir. Contigo, tudo parece tão fácil...
'Sabes que te amo não sabes?'
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quarta-feira, 17 de setembro de 2008
A flor que és
A flor que és, não a que dás, eu quero.
Porque me negas o que te não peço.
Tempo há para negares
Depois de teres dado.
Flor, sê-me flor!
Se te colher avaro
A mão da infausta esfinge, tu perere
Sombra errarás absurda,
Buscando o que não deste..
Ricardo Reis
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terça-feira, 16 de setembro de 2008
Bad Books Don't Exist IV
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Eu luminoso não sou
Eu luminoso não sou. Nem sei que haja
Um poço mais remoto, e habitado
De cegas criaturas, de histórias e assombros.
Se, no fundo poço, que é o mundo
Secreto e intratável das águas interiores,
Uma roda de céu ondulando se alarga,
Digamos que é o mar: como o rápido canto
Ou apenas o eco, desenha no vazio irrespirável
O movimento de asas. O musgo é um silêncio,
E as cobras-d'água dobram rugas no céu,
Enquanto, devagar, as aves se recolhem.
(in PROVAVELMENTE ALEGRIA, José Saramago, Lisboa, 1985, 3ª Edição)
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segunda-feira, 15 de setembro de 2008
E eu não sei quem te perdeu...
Quando veio,
Mostrou-me as mãos vazias,
As mãos como os meus dias,
Tão leves e banais.
E pediu-me
Que lhe levasse o medo,
Eu disse-lhe um segredo:
«Não partas nunca mais»
E dancou,
Rodou no chão molhado,
Num beijo apertado
De barco contra o cais.
E uma asa voa
A cada beijo teu,
Esta noite
Sou dono do céu,
E eu nao sei quem te perdeu.
Abracou-me
Como se abraca o tempo,
A vida num momento
Em gestos nunca iguais.
E parou,
Cantou contra o meu peito,
Num beijo imperfeito
Roubado nos umbrais.
E partiu,
Sem me dizer o nome,
Levando-me o perfume
De tantas noites mais.
E uma asa voa
A cada beijo teu,
Esta noite
Sou dono do céu,
E eu não sei quem te perdeu.
--
Porque há momentos que nos sentimos a flutuar na água, à espera de salvamento. Porque há momentos que a realidade é dura de mais, quando tudo é para sempre.. Porque há apenas aqueles momentos em que as mãos não estão vazias, e sofremos. Porque há momentos em que não há solução a não ser esquecer...
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sábado, 13 de setembro de 2008
Eu nunca deixarei de te amar...
As ondas do mar mais sensíveis e leves,
O mundo parece girar docemente ,
Só porque ela está lá
Espargindo sua magia.
Ainda que eu quisesse,
Ainda que implorasse pra mim mesmo,
Ela é o infinito do amor mais bonito.
É o vento, a canção, o luar, o mel que dá sabor a vida,
Eu nunca deixarei de te amar.
Eu nunca deixarei de te amar.
Se o mar se juntar com a terra e acabar
Ainda assim não deixarei te amar.
Se os ventos da vida trouxerem
Dias turvos com amargo negror
Eu nunca deixarei de amar-te.
Te amarei com mais terno fervor
Pollyana é o amor personificado
É o céu ao meu lado,
É a mais suave canção.
Eu nunca deixarei de te amar
Eu nunca deixarei de te amar
Pode o mundo acabar
Pode a lua falhar
Mas eu nunca deixarei de te amar.
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quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Só pra dizer que te amo...
Vacilei pelas ruas e as coisas:
Nada contava nem tinha nome:
O mundo era do ar que esperava.
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se despediam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
Caído, abandonado e decaído,
Tudo era inalienavelmente alheio,
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e tua pobreza
De dádivas encheram o outono.
--
Já és minha. Repousa com teu sonho em meu sonho.
Amor, dor, trabalhos, devem dormir agora.
Gira a noite sobra suas invisíveis rodas
e junto a mim és pura como âmbar dormido.
Nenhuma mais, amor, dormirá com meus sonhos.
Irás, iremos juntos pelas águas do tempo.
Nenhuma mais viajará pela sombra comigo,
só tu, sempre-viva, sempre sol, sempre lua.
Já tuas mãos abriram os punhos delicados
e deixaram cair suaves sinais sem rumo,
teus olhos se fecharam como duas asas cinzas.
Enquanto eu sigo a água que levas e me leva:
a noite, o mundo, o vento enovelam seu destino,
e já não sou sem ti senão apenas teu sonho.
Pablo Neruda
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terça-feira, 9 de setembro de 2008
Aquele momento...
que espera a outra, seja no meio do deserto,
seja no meio das grandes cidades.
E quando estas pessoas se cruzam ,
e seus olhos se encontram,
todo o passado e todo o futuro perde
qualquer importância,
e só existe aquele momento.
Paulo Coelho
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sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Há momentos de ternura que não são mais do que saudade...
Porque és o meu anjo...LY*
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quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Um pequeno excerto...
Eu não digo nada.
As palavras tropeçam no buraco do nada.
Só aditamentos.
Um longo colóquio sobre educação
que acabou sem chegar
a uma conclusão.
Segundo as últimas notícias.
Tal como aquando do fim foi proclamado
e logo desmentido.
À última hora tentaram
alguns exemplares da espécie humana
começar do princípio.
Algures, em saldos de fim de estação,
deve ter havido ocasião
para a esperança.
Para encerrar
falava-se do Bem e do Mal:
essas coisas não existem.
No entanto, se...
ou quando muito Deus,
com as suas respostas dilatórias.
Aquirida
é a resolução de se adiar tudo
para a próxima vez.
Pensámos que era uma piada
quando de repente
nos passou a vontade de rir.
O certo é que globalmente
depois disso
já ninguém tinha fome.
Porém, no fim, muitas pessoas
gostariam de ter mais uma
vez ouvido Mozart.
A Ratazana, de Gunter Grass
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terça-feira, 2 de setembro de 2008
Uma Escolha Por Amor.
Depois o ler, ganhei uma nova visão da vida e do amor... Compreendi especialmente que por vezes, o mais complicado não é encontrar um grande amor, mas sim manter esse grande amor. Nem sempre por culpa nossa, por vezes factores exteriores originam rupturas de contactos... conseguir lidar com isso é complicado. O que mais me tocou foi a imprevisibilidade, até certa altura a escolha a ser feita é uma, depois passa a ser outra mais complicada e é essa parte que transforma o livro em algo de magnifico.
Este livro fala-nos de esperança, de coragem e orgulho. Este vai ficar marcado para sempre. É uma lição de vida, especialmente para quem tem durante anos pessoas querias doentes, vivas, mas que nao tomam as próprias decisões. Fala-nos sobre a escolha a fazer quando tudo parece perdido, está ali, tocamos...mas não sente. Fala-nos sobre o que é viver casos de coma. Gostei. Tocou-me. Ficará guardado para a eternidade.
"As histórias são tão singulares quanto as pessoas que as contam, sendo certo que as melhores são aquelas em que o fim constitui uma surpresa."
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domingo, 31 de agosto de 2008
Por vezes, tal como desta vez, o regresso é feito recordando aquele pedaço de cena, que permanece num quarto da nossa mente...
Sou a voz que ouves quando pedes um conselho,
Sou quem te toma nos braços quando necessitas,
talvez, agora, enquanto lês essas palavras, eu esteja aí, ao teu lado,
a olhar dentro dos teus olhos como quem quisesse enxergar
o que teu coração demonstra,
mais tarde... à noite, quando te deitas...
sou quem nina seus sonhos sentado ao teu lado
à espera que adormeças... dizendo que tudo vai ficar bem.
Se ao menos me pudesses perceber,
se notasses o que sinto ao teu lado...
basta quereres,
basta por alguns instantes esquecer teus problemas,
fechar os olhos, como se nada mais existisse,
deixe-me chegar perto de ti... abraçar-te...
sente o meu coração bater ao compasso do teu...
sente que não estás sozinha, nunca estiveste!
Apenas esqueceste de olhar mais com os olhos do teu coração...
então abre os olhos... vê os meus... conhece-me.
Quem sou eu pra pedir para que me notes?
Apenas um anjo que se deixa levar pelas suas emoções,
que desconhece o que é errado... se entrega, se rende...
vagando por estrelas, nuvens, pelo céu escuro da noite...
olhando pelos outros, despertando amores, anseios,
paz nas almas que fraquejam,
sentado ali de cima a olhar-te...
observando-te... deixando, às vezes, uma lágrima cair
e se fazer uma gota de sereno que te toca os lábios...
lágrima essa por não poder nada mais que apenas te ver...
sentir sem poder tocar.
Manifestando através de pequenas coisas,
como um sorriso sincero nos lábios de alguém que tu não conheces,
o toque de uma criança a fazer-te carinho,
palavras escritas nas páginas de um livro que te chamam atenção,
palavras que mexem e emocionam o coração ditas do nada,
como um sussurro no teu ouvido...
e se um dia uma brisa leve e suave tocar no teu rosto,
não tenhas medo,
é apenas minha saudade que te beija em silêncio.
Os humanos têm um hábito muito peculiar
de julgar seus semelhantes pela sua aparência,
de rotular pessoas, as quais nunca viram...
apenas pelo modo como ela se apresenta...
porém, consigo ver dentro de cada um o que realmente são...
e me assusto algumas vezes em como podem os humanos
deixar-se levarem por embalagens, por invólucros...
deixam de terem muitas vezes ao seu lado verdadeiros tesouros,
amizade sincera, lealdade, companheirismo...
simplesmente por não terem gostado do rosto do indivíduo.
Imagine uma roseira cheia de espinhos,
ninguém acreditaria que dela pudesse brotar uma rosa tão bela,
sensível e delicada.
É do interior que nascem as flores.
Pude conhecer seu interior...
me deparei com uma flor linda...
e com muitas qualidades.
Se preserve assim...
muitas vezes é melhor sermos o que realmente somos...
a viver como as pessoas acham que deveríamos ser...
Não existe ninguém melhor, ou pior que ninguém...
apenas diferentes umas das outras e essas diferenças
são que mostram quem realmente você é.
Fico assim... dizendo as coisas que me aparecem dentro do peito,
contando o que se passa em mim, como se estivesse desabafando...
pois Deus nos fez para cuidar dos outros...
e quem cuidará de nós?
Continuarei aqui...
meio que escondido, ao teu lado, olhando-te, sentindo-te...
esperando que um dia deixes teu coração "olhar" e me ver...
daí, enfim, poderia eu mostrar o quanto tu és especial para mim.
Um poema deixado no ar,
palavras implorando para viver como uma estrela que o dia não vê
e que espera a noite chegar para poder mostrar-se,
a canção de amor que sai da tua boca...
são as coisas que sempre sussurro ao teu coração,
tento traduzir emoções que nunca senti antes,
algo realmente novo pra mim,
paz, atração, paixão, amor,
algo especial...
sincero...
verdadeiro.
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sábado, 9 de agosto de 2008
Pause !
Bom, está na hora de retirar uns dias de descanso verdadeiro. Tenho de repousar e ganhar inspiração para encher novamente isto, de coisas no mínimo agradáveis. Todo o que aspira a poeta tem de conquistar a inspiração. Tirar um tempo para ler, recolher informações e delícias para partilhar aqui...
Vou mas volto, mas até lá, deixo-vos:
Um pedaço daquele que foi considerado o melhor poema do mundo por um jornal francês:
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
(...)
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.
Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?
(...)
(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)
(...)
Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente
Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.
A Tabacaria, de Álvaro Campos
Uma daquelas músicas que ouvimos e não esquecemos... um clássico, sobretudo:
São coisas destas e momentos como estes, que fazem deste espaço exactamente o que ele é... um cantinho de suspiros...=)
Até Breve*
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terça-feira, 5 de agosto de 2008
É eterno o meu gostar. Aqui ou além.
Escolhi fugir, mas espero-te aqui.
Escolhi não ter nada e querer ter tudo.
Viver-te seria demais para mim.
Não o mereço.
Tocar-te seria ferir-te.
Sentir-te era obrigar à tua desistência.
Se os sonhos comandam a vida,
Eu não te posso comandar.
Eu e eles, seres alternativos.
Escolherás os teus sonhos.
Outra coisa não te deixaria decidir.
Pelo menos,
Não têm a minha incapacidade de escolher…
Escolhi viver no deserto, à espera que diluísses a minha sede.
Escolhi não ser teu, e não ser de ninguém.
Escolhi não ter nada e querer ter tudo…
No fundo, escolhi ser indeciso quando não o sou.
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quinta-feira, 31 de julho de 2008
Can you?
Where there's music and there's people
And they're young and alive
Driving in your car
I never never want to go home
Because I haven't got one
Anymore
Take me out tonight
Because I want to see people and I want to see life
Driving in your car
Oh, please dont drop me home
Because it's not my home, it's their home, and I'm welcome no more(...)"
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quarta-feira, 30 de julho de 2008
Bad Books Don't Exist III
-Amo-te, Jane, e ter-te a meu lado faz de mim o homem mais feliz do mundo.
A despeito de ter mantido o silêncio, a forma como se encostou a mim foi a resposta que eu procurava.” (…)
“A Alquimia do Amor” de Nicholas Spark
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terça-feira, 29 de julho de 2008
Bad Books Don't Exist II
«O amor é paciente, o amor é benigno, não é invejoso; o amor não se ufana, não se ensoberbece, não é inconveniente, não procura o seu interesse, não se irrita, não suspeita mal; não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.»
"Sem ti nos meus braços, sinto um vazio na alma. dou por mim à procura do teu rosto no meio das multidões - sei que é impossível, mas não consigo conter-me. A minha procura por ti é uma busca interminável destinada ao fracasso. tu e eu tínhamos falado sobre o que aconteceria se fossêmos separados por força das circuntâncias, mas não consigo manter a promessa que te fiz naquela noite. desculpa, meu amor, mas não existirá nunca ninguém para te substituir. as palavras que te murmurei eram absurdas. e eu devia ter percebido isso então. Tu - e só tu - tens sido sempre a única coisa que eu desejei, e agora que já cá não estás, não tenho qualquer desejo de encontrar outra. até que a morte nos separe, sussurámos na igreja, e eu tenho vindo a acreditar que as palavras permanecerão verdadeiras até finalmente chegar o dia em que eu, também, serei levado deste mundo."
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segunda-feira, 28 de julho de 2008
Bad Books Don't Exist I
Excerto de "Fazes-me Falta" Inês Pedrosa
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quinta-feira, 24 de julho de 2008
Novamente Shakespeare...
És por certo mais belo e mais ameno
O vento espalha as folhas pelo chão
E o tempo do verão é bem pequeno.
Ás vezes brilha o Sol em demasia
Outras vezes desmaia com frieza;
O que é belo declina num só dia,
Na terna mutação da natureza.
Mas em ti o verão será eterno,
E a beleza que tens não perderás;
Nem chegarás da morte ao triste inverno:
Nestas linhas com o tempo crescerás.
E enquanto nesta terra houver um ser,
Meus versos vivos te farão viver.
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terça-feira, 22 de julho de 2008
I pray that something picks me up...
E agora cada qual faz ao outro um favor:
Quando meu olho está faminto por um olhar
Ou o coração almejando amar com suspiros que ele mesmo abafa,
Com o retrato do meu amor, então a minha visão entra em festa,
E ao banquete esboçado convida o coração:
De outra feita, o meu olho é o hospede do coração,
E em seus pensamentos de amor colabora:
Assim, quer seja por teu retrato, ou por meu amor,
Estás mesmo longe, presente sempre ainda comigo:
Pois não estás mais distante que ao alcance dos meus pensamentos,
E eu estou unido com eles, e eles contigo;
Ou se eles dormem, teu retrato na minha vista
Desperta o meu coração para alegria de vista e coração.
Soneto 47 - Shakespeare
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quarta-feira, 16 de julho de 2008
Desejo...
Por mais que pense, não foi ainda inventada
Por mais que tente, as saudades não se apagam.
Por mais que possa desejar, o meu mundo não é um mundo.
(Porque há algum tempo que o amor que sinto é uma realidade:)...Je t'aime*)
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quinta-feira, 10 de julho de 2008
Há dias assim...profundos.
Hoje foi um daqueles dias, em que mais do que nunca se voltou a acender a chama pela música. Não estou a falar daquela musica banal, a musica ambiente. Estou sim a falar daquela música que transmite algo mais do que notas, aquela música que nos obriga a reler a letra dia após dia... aquela música que por vezes é mais do que poesia.
Desde logo o dia começou extraordinariamente bem. 7.30h toca o despertador. RFM. Começa a tocar lentamente a melodia, "eu conheço isto", digo. Preenche por completo qualquer falha de espírito do nosso acordar...
Ao som the Cranberries lá me levantei com um sorriso no rosto. "Há muito que não ouvia isto...", pensei. Fiquei satisfeito, com energia para enfrentar o dia. Era dificil ser melhor. Preencheu-me a alma de nostalgia, relembrou-me as inúmeras tardes que em pequeno passava perto do rádio... Tomei banho. Comi. Saí. Ligo o carro, depois a rádio. Sintonizo na RFM novamente, na esperança de ouvir algo que desse continuidade ao meu estado de espírito. "Não está a dar nada de jeito", desabafei. Estava a dar uma música de Dire Straits, um pouco antiga, não era a minha onda. Tiro o carro da garagem. Olho para o espelho retrovisor para ver quando o portão fecha. Algo me distrai e obriga-me a olhar para o rádio, começava a tocar...
Confesso: senti-me completamente absorvido pela melodia. "Mas hoje a rádio toca o que sabe que vou gostar?", inquiri. E ainda não era nada. Mas enfim, Sade deixa qualquer um louco com a sua voz. É doce. Gosto, sempre gostei. Fez parte no emergir no gosto musical. Sade é assim qualquer coisa. Foi a banda sonora do meu trajecto, rapidamente cheguei ao destino. E adivinhem lá? Antes de sair do carro, ainda me ofereceram outra prenda...
Anouk e a sua energia imbatível em qualquer canção. Foi o culminar de um iniciar de dia excelente... pelo menos a nível espiritual. Fez-me divagar sobre o que são verdadeiramente as verdadeiras músicas. São aquelas que ouvimos várias vezes e gostamos? Ou serão aquelas que ouvimos quando as devemos ouvir e que nos levam a sonhar nesse momento? Bom, é como a questão do amor, quando banalizado perde a magia. A verdadeira música é aquela que surge no momento certo e que como por magia nos altera o estado de espírito. Sentir uma música não é facil. Não basta pôr no play. Eu tenho um conceito diferente de qualquer um sobre o que gosto e de como defino a música: para mim, tem um gostinho especial aquela música que ouves na rádio, algumas vezes, durante muito tempo, mas que nunca sabes o seu nome. Sabes que a melodia te encanta e que a letra te preenche. Afinal não é isso que interessa? No amor, não deve ser mais importante a consagração do verdadeiro sentimento? Uma das artes que o ser humano tem é a de se preocupar em demasia com pequenas coisas. É pouco aventureiro. Um pormenor estraga um sonho de uma vida. Um pormenor minúsculo chega a ser mais importante que o núcleo das coisas. Tenho para mim que são inúmeras as vezes que não sabemos aproveitar o que devíamos. São poucas as vezes que vamos em busca do que amamos quando é difícil. Há uma palavra para tudo isto: comodismo. Afecta a possibilidade de pudermos adquirir algo melhor. Afecta o concretizar de muitos sonhos apenas porque é arriscado e algum pormenor nos pode colocar numa posição pior, mesmo que o risco seja ínfimo... Enfim, ideias: não ao comodismo, sim aos sonhos...
E as músicas fazem-me sonhar, sobretudo, na vertente do conjugar situações:"como poderia ter sido se não fizesse aquilo", "devia ter aproveitado aquele momento", "no fundo, deveria ter dito-lhe que a amava"...coisas assim. Bom, por fim, e ainda mais especial, a rádio tocou para mim uma última música, uma das minhas favoritas... aquele sentimento de que ouvir... transformou-se...e começou a cantar...
Que venham mais dias assim...
*
Suspiro de Cristiano Dias 2 Sussurro(s)