terça-feira, 31 de julho de 2007

Rui Unas, The Boss

Floribella - Playback


Rap Unas

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Sussurro


"Everybody’s screaming
I try to make a sound but no one hears me
I’m slipping off the edge
I’m hanging by a thread
I wanna start this over again..."

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Recordar "Lance Armstrong".


Lance Armstrong


"Apelidado por muitos como “A Living Legend”, Lance Armstrong notabilizou-se no ciclismo, mostrando-se como o melhor ciclista do seu tempo e um dos melhores de sempre. "

A 18 de Setembro de 1971, Texas, EUA, via nascer aquele que viria bater o recorde de vitórias na maior prova velocipédica do Mundo e aquele que mais que qualquer outro viria levantar bem alto a bandeira do seu país.

A natação e o triatlo foram as primeiras modalidades que Lance praticou. Apenas mais tarde lhe mostraram que o ciclismo era a sua verdadeira vocação. De um ápice, com 21 anos, era campeão mundial de ciclismo de estrada. Um grande feito para quem começava a crescer na modalidade. Rapidamente ingressou na equipa Motorola, iniciando assim uma carreira profissional na modalidade. Nos anos seguintes, ganhou etapas na Volta a França e algumas clássicas.

No momento em que construía passo a passo a sua promissora carreira, é-lhe diagnosticado um cancro no testículo. Para além disso, os médicos descobriram-lhe dois tumores do tamanho de bolas de golfe, num pulmão e no cérebro. Contudo, para Lance render-se à doença não era opção a tomar, ele estava disposto a lutar contra o cancro. Neste contexto, Lance refere numa entrevista palavras míticas que ficaram para sempre na memória : “ Enganaste-te na pessoa ao escolheres um corpo para viver, cometeste um erro porque escolheste o meu”.

Num momento conturbado a nível pessoal, Lance viu o seu nível profissional degradar-se: a sua equipa no momento, Cofidis, rescindia o contrato. Abandonado pela equipa, sem salário, Armstrong vê-se obrigado a vender o carro e a casa para pagar os tratamentos.

Aos 25 anos, em conferência de imprensa, Lance informava as pessoas que estava doente. Um ano mais tarde, os médicos informaram-lhe que tinha apenas 40% de probabilidade de viver, perante isto, Lance informou que não iria desistir e que iria regressar.

Em 1997, Lance acaba a quimioterapia, casa e tem filhos. Funda a “Fundação Lance Amstrong” para a luta contra o cancro. Relata toda a sua história e a energia para resistir num primeiro sucesso: “It’s not about the bike”. Um sucesso repetido com a venda de milhares exemplares da sua Biografia “Vontade De Vencer – A Minha Corrida contra o Cancro”.

Em 1998, ingressa na equipa U.S. Postal Service. Lance volta a pedalar numa equipa profissional norte-americana. A sua primeira temporada revelou-se longe do mínimo aceitável, chegando o ciclista mesmo a pensar na renúncia. Contudo, recusou uma vez mais fazê-lo e foi correr numa das provas mais importantes de todo o mundo.

Em 1999, Lance vence o Tour de France, uma prova que só deixaria de ganhar em 2005, quando anunciou a retirada.

Tour de France

Lance Armstrong conseguiu 7 vitórias consecutivas (1999-2005) até então o recorde era de 5 vitórias nem todas elas consecutivas e pertenciam a corredores históricos como Induráin e Eddy Merckx.

Forte nas montanhas e disciplinado no contra-relógio eram as características de Lance, que se mostrava detentor de uma cadência assombrosa. Durante todo o seu percurso foram raros os momentos de fraqueza de, respondia a todos os ataques, mostrava-se forte e imbatível. Teve como principal adversário Jan Ullrich que terminou em 2ºlugar em diversas vitórias de Lance. Ambos protagonizaram momentos limpos: Ullrich viria a cair, durante uma etapa, por uma ravina quando os ciclistas se encontravam a descer uma montanha, já num grupo muito reduzido, Lance ao invés de contra-atacar e ganhar logo ali o Tour, trava e espera pelo adversário; esta atitude haveria de ser correspondida anos mais tarde, quando durante uma subida, um saco de um espectador prende-se no aviador de Lance que se vê imediatamente projectado para o chão, naquele momento Ullrich tinha a hipótese de uma vida de ganhar ali o Tour a Lance, algo que nunca tinha conseguido desde que Lance começara a ganhar, contudo, trava e espera, encetando uma disputa legal, que viria a perder para benefício de Lance que ganharia essa etapa e o tour.(Ver_Vídeo)

Outro mítico episódio entre estes dois foi no último contra-relógio final do Tour. Jan utilizava uma bicicleta única, feita a medida para ele, ajustada a sua cadência, sendo que em poucas pedaladas conseguia retirar 20 segundos de tempo perdido. Armstrong partindo dois minutos mais tarde, não só não perde o tempo de vantagem que continha na classificação geral para Ullrich como ainda o ultrapassa no contra-relógio. Involuntariamente a sua grandeza humilhava naquele momento a arrogância das afirmações e atitudes do seu adversário.


Em suma:

Após todos os problemas que teve, Armstrong tornou-se num dos maiores ciclistas de todos os tempos. Sem quebras, nunca batido, a humildade e o trabalho eram as suas palavras de ordem. Vê hoje e verá por muitos anos o seu recorde imbatível. Pois não há hoje, nem haverá num futuro próximo um ciclista imbatível como Lance Armstrong…

Para mim Lance Armstrong é para sempre o eterno responsável pelo meu amor à modalidade. Lembro-me bem de como dei com ele: estava a fazer aquele zapping anhante pelos canais, quando a minha mãe me chama; ao regressar tinha a televisão parada na Eurosport, estavam a transmitir uma etapa duríssima do Tour; estavam a dar um homem que pingava bastante de suor ao subir a difícil montanha com garra, e estava sozinho, e estava quase a acabar… a curiosidade prendeu-me era Armstrong e a partir daí nos dias, nos anos seguintes parei sempre para ver a Eurosport no mês de Julho depois do almoço, para acompanhar aquele que considero o meu verdadeiro e imbatível Ídolo…

Sussurro.


"You're not alone
Together we stand
I'll be by your side
You know I'll take your hand
When it gets cold
And it feels like the end
There's no place to go
You know I won't give in..."

quinta-feira, 26 de julho de 2007

toma. é para ti.

O teu olhar estrelado faz nascer em mim um delírio cintilante.
O teu toque feito de plumas arrepia de felicidade todo o meu estado de alma.
A maneira como flutuas na vida faz-me sentir próximo.
O sorriso estridente origina um fotografar intenso da minha memória.

Há algo em ti que eu não goste?

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Sinto-me assim. Hoje.



Hello there the angel from my nightmare
The shadow in backround of the morgue
The unsespecting victim of darkness in the valley
We can live like Jack and Sally if we want
Where you can always find me
And we'll have Halloween on Christmas
And in the night we'll wish this never ends
We'll wish this never end

Where are you and I'm so sorry
I cannot sleep I cannot dream tonight
I need somebody and always
This sick strange darkness comes creeping on so haunting everytime
And as I stared I counted the webs from all the spiders
catching things and eating their insides
Like indecision to call you
And hear your voice of treason
Will you come home and stop this pain tonight
stop this pain tonight

Don't waste your time on me your already the voice inside my head(6x)

I miss you miss you(6x)

I Miss You, Blink 182

terça-feira, 24 de julho de 2007

Momento BAH


segunda-feira, 23 de julho de 2007

"Na Rua Onde Moras"



Neste surpreendente thriller, Mary Higgins Clark conta a história de um serial killer que acredita ser a reencarnação de um assassino do passado e planeja repetir uma série de crimes cometidos há mais de um século.
A trama transcorre na histórica região de Spring Lake, em Nova Jersey, e leva o leitor, num ritmo frenético, até o momento em que o assassino planeja aniquilar sua última vítima.
Mas os motivos dos crimes se escondem em algum lugar de um passado longínquo. Na década de 1890, três jovens moças foram brutalmente assassinadas: Madeleine Shapley, 19 anos, desapareceu no dia 7 de setembro de 1891; Leititia Gregg, 18 anos, desaparecida em 5 de agosto de 1893 e Ellen Swain, que seguiu o mesmo destino no dia 13 de março de 1896.

Avançando cem anos no tempo, descobrimos que o criminoso já conseguiu eliminar suas duas primeiras vítimas, ambas estranguladas nos mesmos dias e meses de Madeleine e Leititia. É chegada a hora da terceira e última vítima. Nesse cenário fatídico e aparentemente inevitável encontramos Emily Graham, uma jovem advogada criminal que decidiu readquirir sua antiga propriedade em Spring Lake para descansar antes de começar um novo trabalho, em um escritório de advocacia em Nova York. Antes do esperado, no entanto, sua paz é perturbada e algo assustador está a ser preparado para Emily.

"Na Rua Onde Moras"
é um livro excitante ao nivel do ritmo de leitura. É um livro à imagem de Dan Brown (autor de "O Código DA Vinci", " A Conspiração", entre outros)... um policial intenso e em suspense até ao último minuto. É um livro igual aqueles tantos em que adoramos o facto de o nome do assassino aparecer na última página de toda a trama...

B.I.
(para os interessados):

Nome:
"Na Rua Onde Moras" ("On the Street Where You Live", em Inglês)
Autora: Mary Higgins Clark
Ano: 2001
Outros Livros da autora: "Noite é a Minha Hora", "Onde estão as crianças", "Um grito na Noite"


"Na rua onde ela mora, alguém a observa silenciosa e pacientemente. Noite após noite, esconde-se nas sombras e aguarda.
-Dorme bem, Emily - sussurra baixinho."

domingo, 22 de julho de 2007

No Comments.

Digam lá que não tinham saudades de ouvir falar dele! =P

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Outro clássico.


Oh, life is bigger
It's bigger than you
And you are not me
The lengths that I will go to
The distance in your eyes
Oh no, I've said too much
I set it up

(chorus)
That's me in the corner
That's me in the spotlight, I'm
Losing my religion
Trying to keep up with you
And I don't know if I can do it
Oh no, I've said too much
I haven't said enough
I thought that I heard you laughing
I thought that I heard you sing
I think I thought I saw you try

Every whisper
Of every waking hour I'm
Choosing my confessions
Trying to keep an eye on you
Like a hurt lost and blinded fool, fool
Oh no, I've said too much
I set it up
Consider this
Consider this
The hint of the century
Consider this
The slip that brought me
To my knees failed
What if all these fantasies
Come flailing around
Now I've said too much
I thought that I heard you laughing
I thought that I heard you sing
I think I thought I saw you try

But that was just a dream
That was just a dream

(repeat chorus)

But that was just a dream
Try, cry, why try?
That was just a dream
Just a dream, just a dream
Dream

REM - Losing My Religion

terça-feira, 17 de julho de 2007

Sussurro

(ps: Tummy = Barriga)

segunda-feira, 16 de julho de 2007

"The Number 23"


Sinopse:

Walter Sparrow é um chefe de família que ganhou um livro de presente de sua esposa Agatha, chamado O número 23. O livro narra a obsessão de um homem com este número, e como isto modifica a sua vida. Ao lê-lo, Walter reconhece várias passagens como sendo situações que ele próprio já viveu. Aos poucos, ele nota a presença do número 23 em seu passado e, também, no seu presente, tornando-se cada vez mais paranóico. Como o livro termina com uma morte brutal, Walter passa a imaginar que está se tornando um assassino.


Comentário:

Um tremendo deambular pela mente de uma pessoa que do nada vê-se perante um livro, que aos poucos o leva a pensar que aquele livro, é um livro apenas e só sobre ele. Uma paranóia e uma obsessão à imagem de vários clássicos como A Mente Brilhante (Russell Crowe) ou American Psycho (Christian Bale). Jim Carrey surge tremendamente irreconhecível, diria que abandona o instinto ridículo de comediante e se torna num verdadeiro actor. Aqueles que o criticavam pela sua não elasticidade cinematografica no que respeita à representação, têm aqui um exemplo exclusivo de como Jim para além de fazer comédia, sabe ser dramático.

No que respeita à narrativa, este filme adopta estilos que se tornaram famosos em Sin City ou até mesmo em Max Payne (jogo de pc), onde a história se vai desenrolando com o acompanhar rectilíneo da personagem, presente enquanto voz, presente enquanto instinto. É um filme que não podemos deixar de ver, apesar de uma confusão inicial, aos poucos ficamos agarrados à história, pois as razões da personagem para adoptar uma atitude obsessiva perante o número são demasiadamente credíveis, vejamos alguns exemplos:


Curiosidade 23:

1- Há 23 letras no alfabeto latino.

2- A bomba de Hiroshima foi lançada às 8:15. => 8+15 = 23

3- As explosões em Waco, Texas, e Oklahoma City aconteceram ambas dia 19 de Abril. => 4+19= 23

4- O Trópico de Câncer está a 23,5° a Norte. O de Capricórnio a 23,5°, a Sul.

5- 10886 é o número que Al Capone usou na farda que tinha na prisão. =>1+0+8+8+6 = 23

6- O corpo humano possui 46 cromossomas, 23 de cada um dos pais.

7- O sangue demora 23 segundos para circular.

8- Os Maias acreditavam que o fim do mundo ocorreria em 20 de Dezembro de 2012. => 20+12 = 32 (23 ao contrário) ou 20+1+2 = 23

9- Voo 800, da TWA: 230 pessoas mortas. As explosões ocorreram nos lugares 23J e 23K

10- O Titanic afundou-se na manhã de 15 de Abril de 1912. =>15+4+1+9+1+2 =32 (23 ao contrário)

11- Dia 11 de Dezembro de 1941, os EUA declararam guerra à Alemanha. => 11+12 = 23

12- Hitler cometeu suicídio em Abril de 1945. => 4+1+9+4+5 = 23

13- Terroristas atacam base dos Marinesem Beirute dia 23 de Outubro de 1983.

14- César foi esfaqueado por 23 vezes.

15- 23 é o número de Michael Jordan e de David Beckham.


Por exemplos assim, Sparrow vê-se mergulhado na paranóia e obsessão pelo mítico 23, um número presente a cada passo da sua vida...

"This isn't only a book, this is my live."

domingo, 15 de julho de 2007

A um ausente


Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enloqueceu, enloquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o acto sem continuação, o acto em si,
o acto que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.


Carlos Drummond de Andrade

sábado, 14 de julho de 2007

Um Toque no Espírito.




Where'd you go?
I miss you so,
Seems like it's been forever,
That you've been gone.

She said "Some days I feel like shit,
Some days I wanna quit, and just be normal for a bit,"
I don't understand why you have to always be gone,
I get along but the trips always feel so long,
And, I find myself trying to stay by the phone,
'Cause your voice always helps me and I feel so alone,
But I feel like an idiot, workin' my day around the call,
But when I pick up I don't have much to say,
So, I want you to know it's a little fucked up,
That I'm stuck here waitin', at times debatin',
Tellin' you that I've had it with you and your career,
Me and the rest of the family here singing "Where'd you go?"

Where 'd you go?
I miss you so,
Seems like it's been forever,
That you've been gone.
Where'd you go?
I miss you so,
Seems like it's been forever,
That you've been gone,
Please come back home...

Come back home...
You know the place where you used to live,
Used to barbeque up burgers and ribs,
Used to have a little party every Halloween with candy by the pile,
But now, you only stop by every once in a while,
Shit, I find myself just fillin' my time,
With anything to keep the thought of you from my mind,
I'm doin' fine, I 'm planin' to keep it that way,
You can call me if you find you have somethin' to say,
And I'm tellin' you, I want you to know it's a little fucked up,
That I'm stuck here waitin', at times debatin',
Tellin' you that I've had it with you and your career,
Me and the rest of the family here singing "Where'd you go?"

Chorus

I want you to know it's a little fucked up,
That I'm stuck here waitin', no longer debatin',
Tired of sittin' and hatin' and makin' these excuses,
For why you're not around, and feeling so useless,
It seems one thing has been true all along,
You don't really know what you got 'til it's gone,
I guess I've had it with you and your career,
When you come back I won't be here and you can sing it...

Chorus

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Bem sei...


Bem sei, Amor, que é certo o que receio;
mas tu, porque com isso mais te apuras,
de manhoso mo negas, e mo juras
no teu dourado arco; e eu to creio.

A mão tenho metida no teu seio,
e não vejo meus danos às escuras;
e tu contudo tanto me asseguras
que me digo que minto, e que me enleio.

Não somente consinto neste engano,
mas inda to agradeço, e a mim me nego
tudo o que vejo e sinto de meu dano.

Oh! poderoso mal a que me entrego!
Que, no meio do justo desengano,
me possa inda cegar um moço cego!


Luís Vaz de Camões

terça-feira, 10 de julho de 2007

Sussurro


sábado, 7 de julho de 2007

Momento BAH

Tesourinho (deveras) Deprimente!

Ah Granda Zé! Brinquem com ele<

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Só quero pensar nela.


Passei toda a noite, sem dormir, vendo, sem espaço, a figura dela,
E vendo-a sempre de maneiras diferentes do que a encontro a ela.
Faço pensamentos com a recordação do que ela é quando me fala,
E em cada pensamento ela varia de acordo com a sua semelhança.
Amar é pensar.
E eu quase que me esqueço de sentir só de pensar nela.
Não sei bem o que quero, mesmo dela, e eu não penso senão nela.
Tenho uma grande distracção animada.
Quando desejo encontrá-la
Quase que prefiro não a encontrar,
Para não ter que a deixar depois.
Não sei bem o que quero, nem quero saber o que quero. Quero só
Pensar nela.
Não peço nada a ninguém, nem a ela, senão pensar.

Alberto Caeiro

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Pensamento.


Amo como ama o amor.
Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar.
Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?

Fernando Pessoa

quarta-feira, 4 de julho de 2007

"The Painted Veil"


O Véu Pintado

Surge-nos com uma intrínseca simplicidade cheia de complexas situações que os nossos sentimentos criam na nossa vida. É uma obra cuja história rectilínea e pouco confusa origina uma fácil compreensão. Rapidamente ficamos presos aos seus passos, é verdade que a qualidade exacerbada de Edward Norton e Naomi Watts surge como um complemento que torna tudo mais doce, emocional.
Tendo como pano de fundo o mundo tremendo que é a cólera na China; a doença, os males, as mortes, o instinto de ajuda; a sua história fala-nos sobre se amamos alguém ou se aprendemos a amar alguém. Mais concretamente expulsa-nos para o mundo, onde tomamos atitudes de todo e qualquer género para nos sentirmos melhor, mesmo que esse “sentir melhor” interfira com os sentimentos de outrem. É até certa altura um ambiente de egoísmo. É um aproveitar de sentimento que alguém tem por nós, para utilizá-lo a nosso favor, quando não estamos bem, quando queremos mudar, mesmo que nunca possamos retribuir o que nos é dado. Deste modo, temos por um lado uma personagem mimada (“Kitty”, Naomi Watts) que perante o querer forçado dos pais em sair de casa e tomar o seu rumo de vida aproveita o amor que uma outra pessoa tem por ela (“Walter”, Edward Norton). É um aproveitar do amor dos outros para evoluir o nosso bem-estar, sem que consigamos retribuir. Pior que tudo isto, é trair esse amor, desiludir de força humilhante aquele cujo amor e o mundo nos dá.
Como sempre só o tempo surge como solução a todos estes problemas. Compreendemos que os impulsos não foram correctos e aprendemos verdadeiramente a amar quem nos dá tudo, e nos faz aprender mesmo que um dia o tínhamos traído. O tempo origina amor, é o caminho para sair do comodismo que temos na nossa vida. “O Véu Pintado” surge como uma ideia assim, a de que “demoramos a abrir a mente e a ver quem nos dá, por vezes, quando chegamos e queremos, já é tarde, outras ainda é possível, mas é sempre tarde”.
Em suma, “The Painted Veil” é uma história de amor (nem sempre correspondido, ou melhor, tardiamente correspondido) e de drama (amplamente construído pela ajuda a vítimas de cólera). Mostra-nos que muitas vezes estamos errados e que só tomamos consciência do que queremos quando esse “que queremos” foi-se. É a interminável história que é na falta que encontramos o carinho por alguém. Nessa altura culpamo-nos pelos erros e pela falta de tacto pela vida, pela felicidade, pelo amor que mora ali mesmo ao lado…

"Sometimes The Greatest Journey Is The Distance Between Two People"

Para os interessados: trailer.

terça-feira, 3 de julho de 2007

Sussurro