quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Dois...Apenas Dois... Eternamente dois apenas.


Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias.

Cada momento sem ti é uma ebulição de particulas de conduzem ao puro e simples sentimento. Sentimento este que se transforma como uma montanha russa, umas vezes está lá em cima a racionalizar cada segundo e afirmando que tudo corre bem e que o caminho é sempre em frente, outras está cá em baixo, a parte psicológica, a saudade, o anseio, a vontade de te encontrar e não o conseguir, a vontade de te ter e apenas te ver partir...

Recorda o álbum que criámos a cada dia e que hoje quase que o completamos, esfolheia cada momento teu, meu, nosso. Vive e não desesperes pelo passado. O passado já foi escrito, agora preocupa-te com o presente. Com o hoje e, mais tarde, com o amanhã, e não com o ontem. Qual a definição do mundo? Tu completas a tua e a minha vida. Nem hoje nem nunca é dia de desistir, lança as cartas e joga. Saberás sempre que serei sempre o resultado do teu jogo...

Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes! e eu acreditava. Acreditava, porque ao teu lado todas as coisas eram possíveis.

Se há coisas que marcarão para sempre o meu futuro e a minha vida, essas coisas são as que associo a ti. Os nossos momentos, os nossos segundos, as nossas conversas, as nossas cúmplicidades, cada instante é intenso... como se fosse o último...

"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis..."
(Fernando Pessoa)

sábado, 25 de outubro de 2008

Entre os meus dedos te tive...

"És capaz de parar quieta?"
"Mas o que foi chato?"
"Pára com as pernas por favor, deixa-te estar bem juntinha a mim deixas?"

Podia dizer que era tão belo o sol que lá bem no alto raiava; podia dizer, inclusive, que o ar vindo daquele parque era diferente de todos os outros, a relva, as árvores tornavam-no mais leve; podia dizer que o céu era uma espécie de fortaleza encantada de encantos perdidos; mas não o digo. Não o digo porque não é o sol, o ar ou o céu que me atrai. És tu, menina do sorriso eterno.

"Dás-me um beijinho?"
"Ai sim? Tens saudades dos meus magníficos lábios?"
"Tenho sim...convencido!"


A tarde passou-se assim. Tu encostada sobre o meu peito. Meus braços não te largaram. Meu nariz não largou o cheiro dos teus cabelos. E a minha boca... essa não largou o teu pescoço, e muito menos a tua boca. Procurámos pelos vários minutos que se seguiram a felicidade do momento e quisemos ficar ali a tarde toda, não porque estávamos juntos ou porque o ambiente era único, mas simplesmente porque estávamos felizes, numa eterna simbiose de cumplicidade e amor...


"Prometes sonhar comigo esta noite?"
"Prometo. Esta e todas as noites."
"Fico feliz..."

Quando o sol se pôs, soou a campainha de partida. A preguiça invadiu cada movimento nosso, excepto o coração que tinha sede de amor. Sair dali significava o fim de mais um passeio contigo. Saímos com a minha mão no teu ombro e a tua no bolso de trás das minhas calças. Sorríamos, porque sair dali não era tão mal como pensávamos...


"Amas-me?"
"Sempre..."

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Chega-te um pouco mais, deixa-me aquecer-te...

Não houve inverno como aquele. O nosso primeiro inverno juntos. Passeámos pela neve, horas a fio. Procurámos cumplicidade nos nossos movimentos. Procurámos amor no nosso cantinho. Facilmente encontrámos tudo o que precisávamos para ser um pouco felizes ali mesmo. Corremos. Saltámos. Arremessámos bolas de neve um ao outro. Parecíamos duas crianças que brincavam um pouco na neve. O mais bonito de tudo foram os nossos sorrisos... brilhantes, e capazes de serem ouvidos a milhas de distancia. Foi um momento só nosso.

"Tenho tanto frio..."-disseste tu. Estávamos deitados sobre a neve de mãos dadas. Rapidamente nos levantámos e tratamos de tudo para ir embora. Mas antes, apertei as tuas mãos juntos das minhas, enquanto isso via as tuas bochechas rosadinhas: beijei-as, estavam geladas. E depois o teu nariz, igualmente gelado. Enquanto fechavas os olhos ao receberes os meus beijos, ajeitei ainda mais o cachecol. "vá anda aquece-me esse pescoço, senão vou ter de fazê-lo aos beijinhos". Sorriste. Aproveitei e dei-te um beijo na testa. Abracei-te, disse que te amo, e saímos dali.

"You still live in me
I feel you in the wind
You guide me constantly "

domingo, 19 de outubro de 2008

É para sempre.!


Dia após dia, duas certezas se consolidam: o sentimento de amor não pára de crescer e não estou preparado para perder-te. Não estou preparado para que me deixes só, comigo e os meus pensamentos vazios. Não estou preparado nem um pouco, para viver o dia a dia e aceitar que é natural não te ter. Essencialmente não me vejo com tacto para me levantar, me ver ao espelho e acreditar que tudo tem um princípio e tem um final.

Não estou preparado para me deitar na cama e não te ter, apenas te recordar. Mais do que isso, não haveria preparação possível, para não te poder falar, olhar, sentir... Não quero sentir o momento em que não te posso abraçar e em que não me abraces, como hoje. Não quero pura e simplesmente caminhar pela rua fora sem sentir a tua mão junto da minha e perguntar-me o porquê de não a sentir.

Não estou preparado para não dormir assim, a teu lado, sentindo o calor do teu corpo ali bem perto e a tua voz no meu ouvido. Não estou hoje, nem nunca estarei.

Preciso de ti e do que significas. Há um lugar que é só teu. Há uma porta que só atravessaste. Há um espaço na nossa cama que só tu podes preencher...

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Vens dormir comigo esta noite?


Eram 4 da manhã. Acordava uma vez mais durante a noite. Um hábito nos tempos recentes. Mesmo antes de abrir os olhos, já tocava com a minha mão esquerda no teu lado da cama. Depois de os abrir, contastava a triste realidade que tanto me doía: estava só, sem ti, na nossa cama. Senti-me triste. Preferia dormir sem acordar só para não poder ver que lá não estavas. Um maior vazio do que acordar pela manhã e sentir que lá não estás, é acordar durante a noite e sentir que estamos deitados numa ponte sem protecção. E não estamos deitados na imensa relva a olhar para cima, a ver o céu e a cheirar as imensas flores do ambiente, enquanto as nossas mãos se tocam como uma melodia saída de um piano...

Posso ter saudades de muita coisa, de muitas palavras, actos, toques, mas nada é superior à saudade que sinto das noites em que dormíamos juntos. Aquele desejo ao acordar durante a noite e poder beijar o teu pescoço. Aquele sentimento de te poder abraçar, sentir o teu corpo e adormecer invadido pelo encanto do teu cheiro. Ali sabia que existia magia.

Eram 6 da manhã. Finalmente, adormecia. Apenas o fazia porque estavas à minha espera nos meus sonhos... e lá, posso ter-te, quando e como quiser.

domingo, 12 de outubro de 2008

Hoje, desencontro. Amanhã, unidos.

"Sonhei que te tinha, durante horas a fio. Sonhei que era o principe que te resgatava do teu palácio para te oferecer um lugar bem melhor e fascinante no castelo que tu e eu juntamente construiremos na nossa vida..."

Naquela manhã, levantei-me contra a minha própria vontade. O sentimento de te ter nos meus sonhos era bem maior do que a emoção de te sentir fugir na minha realidade. É um conflito de casualidades, é uma bola de neve de circunstancias atípicas causadas pela distância. Pergunto-me a mim próprio até que ponto consegues te dispor a sofrer para ficares comigo para sempre.

Abro a janela e vejo o mar. Sei que do outro lado do rio me esperas. Procuro por uma ponte que possa atravessar. Não a acho. Desejava saber caminhar sobre as águas ou apenas saber voar, para ir ao teu encontro. A extensão do rio é incalculável. Eu bem sei que é um oceano, mas rio soa a algo menos doloroso e impossível. Fecho as cortinas. Seria capaz de ficar horas a imaginar-te do outro lado de lá a minha espera. Mas não, não é isso que desejas.

Visto-me. Já se faz tarde. Antes de sair, volto uma vez mais a janela. Olho para o mar. Procuro no horizonte qualquer sinal do teu sorriso. Nada. Aperto o botão que falta da camisa. Ajeito o casaco. Volto a olhar para o horizonte. Começo a sentir um vazio ainda maior do que o que tinha quando acordei. Ao fundo, nos meus pensamentos, o telefone toca. Não foi preciso dizer mais nada: "Sabes que te amo não sabes?"

domingo, 5 de outubro de 2008

Uma balada nos nossos corações.


Vem vamos dançar. Deixa-me sentir o teu corpo junto ao meu, por uns minutos. Deixa-me sentir o prazer de colocar a minha mão direita nas tuas costas, sentir a tua mão esquerda no meu braço, e juntos unirmos as nossas outras duas mãos. Bailemos um pouco. A música ao fundo é a nossa música, à nossa volta não existe ninguém senão nós mesmos. Vivemos o momento como se estivéssemos dentro de uma bolha de ar, impossível de lá entrar. Os nossos olhos não se largam, evitamos o beijo por sabemos que acabava ali a dança.

Não demora muito para que os nossos corpos se juntem um pouco mais... desta vez, num abraço. Os teus braços a enrolarem-me, a minha mão esquerda sobre ti, e a direita no teu pescoço enquanto te beijo. Ao som da música, as nossas línguas se tocaram. Dei por mim a fechar os olhos e a puxar-te um pouco para mais perto. Sentia o cheiro do corpo. Desejámos que aquele momento não acabasse nunca. Era como tínhamos sonhado.

As nossas bocas se largarem, os nossos olhos se abriram, as mãos não se deslocaram um centímetro. Por momentos, pensámos que o mundo era perfeito. Ao fundo, uma voz nos interrompia: "Está na hora de partir o bolo!"- disse alguém. Aquele momento era o nosso casamento...

Depois daquele dia, tive tudo o que sonhava: "no quarto uma mulher que me ama, na sala uma família feliz e no coração o amor da minha vida."

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Porque há momentos em que sentir os pés na água é como estar no paraíso...

Ao longe, sentado nas rochas, vi-te caminhar em direcção à água. Tive vontade de te seguir, mas o medo de te magoar deixou-me pregado ali mesmo. Com os cotovelos apoiados nas pernas e as mãos a segurar a cabeça, fiquei a observar-te. Pensei em como seria estar ao teu lado quando juntos mergulhássemos no mesmo paraíso, de mãos dadas, mas o que mais me invadiu a mente foi o pensamento de como seria abraçar-te dentro de água...

Assim que saíste esbocei um sorriso. Estavas a ajeitar o cabelo. Fico maravilhado quando vejo os teus caracóis, lembro-me sempre das noites a fio em que fiquei a cheirar o teu cabelo enquanto dormias.. Sim, meu amor, as mesmas noites em que te queixavas que não te deixava dormir porque não paráva de te tocar.
Quando te sentaste na areia, procurando algo no horizonte, não resisti. Pus-me de pé. Fui até ti. Pelo caminho pensei em várias formas de te abordar, pensei, por exemplo, se deveria te tocar... Recuei várias vezes, mas acabei por seguir as tuas pegadas na areia.

Quando cheguei perto, senti as minhas mãos vazias. Respirei fundo. Dei um passo em frente. Preparava-me para abrir a boca e dizer-te algo que me desculpasse, soaram as tuas palavras: " Cala-te e diz que me amas anda lá.."