quinta-feira, 31 de julho de 2008

Can you?


"Take me out tonight
Where there's music and there's people
And they're young and alive
Driving in your car
I never never want to go home
Because I haven't got one
Anymore

Take me out tonight
Because I want to see people and I want to see life
Driving in your car
Oh, please dont drop me home
Because it's not my home, it's their home, and I'm welcome no more(...)"


There's a light that never goes out, The Smiths

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Bad Books Don't Exist III


(…) “No passado, em momentos como aquele, era comum que me faltassem as palavras. Talvez alimentasse o medo secreto de exprimir os meus sentimentos em voz alta, que receasse que as palavras os diminuíssem. Contudo, agora estava a verificar que tinha sido um erro esconder o que pensava e, pondo os lábios junto do ouvido de Jane, sussurrei-lhe as palavras que nunca deveria ter guardado dentro de mim.
-Amo-te, Jane, e ter-te a meu lado faz de mim o homem mais feliz do mundo.
A despeito de ter mantido o silêncio, a forma como se encostou a mim foi a resposta que eu procurava.” (…)

“A Alquimia do Amor” de Nicholas Spark

terça-feira, 29 de julho de 2008

Bad Books Don't Exist II

Um Momento Inesquecível, de Nicholas Spark

«O amor é paciente, o amor é benigno, não é invejoso; o amor não se ufana, não se ensoberbece, não é inconveniente, não procura o seu interesse, não se irrita, não suspeita mal; não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.»

As Palavras Que Nunca Te Direi, de Nicholas Spark


"Sem ti nos meus braços, sinto um vazio na alma. dou por mim à procura do teu rosto no meio das multidões - sei que é impossível, mas não consigo conter-me. A minha procura por ti é uma busca interminável destinada ao fracasso. tu e eu tínhamos falado sobre o que aconteceria se fossêmos separados por força das circuntâncias, mas não consigo manter a promessa que te fiz naquela noite. desculpa, meu amor, mas não existirá nunca ninguém para te substituir. as palavras que te murmurei eram absurdas. e eu devia ter percebido isso então. Tu - e só tu - tens sido sempre a única coisa que eu desejei, e agora que já cá não estás, não tenho qualquer desejo de encontrar outra. até que a morte nos separe, sussurámos na igreja, e eu tenho vindo a acreditar que as palavras permanecerão verdadeiras até finalmente chegar o dia em que eu, também, serei levado deste mundo."

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Bad Books Don't Exist I


"Prefiro esquecer, esquecer-te até se preciso for, para viver como tu vivias, apreciando cada momento - sobretudo os dolorosos, pela lucidez que trazem como bónus - desta tão precária maravilha a que chamamos existência. Tantas vezes te aconselhei as virtudes do silêncio. Queria calar-te para te proteger, sim. Há poucas pessoas apetrechadas para a verdade - mesmo nós, quantas vezes não fechámos à chave umas verdadezitas mais cortabtes para não nos magoarmos? Creio que me fazes - schiuuu! - assim, com uma vagar de embalo, sempre que a voz da minha consciência ( seja lá isso o que for) sobe o tom para me acusar pelo que não te dei. Creio sem crer, como um condenado. Afinal de contas, não tenho nada a perder. Mesmo que os anjos não existam, as asas com que te vejo, sentada na beira da minha cama, do cume enlouquecendo da minha insónia, ficam-te melhor do que todas as toilettes. Esforço a imaginação, estendo-a até aos teus dedos, mas não consigo mais do que um ligeiro raçagar de asas. São lençóis que agito, bem sei - mas não me concederás a graça de transformar a fímbria do meu lençol na ponta dos teus dedos?"

Excerto de "Fazes-me Falta" Inês Pedrosa

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Novamente Shakespeare...


Se te comparo a um dia de verão
És por certo mais belo e mais ameno
O vento espalha as folhas pelo chão
E o tempo do verão é bem pequeno.

Ás vezes brilha o Sol em demasia
Outras vezes desmaia com frieza;
O que é belo declina num só dia,
Na terna mutação da natureza.

Mas em ti o verão será eterno,
E a beleza que tens não perderás;
Nem chegarás da morte ao triste inverno:

Nestas linhas com o tempo crescerás.
E enquanto nesta terra houver um ser,
Meus versos vivos te farão viver.

Soneto 17 - Shakespeare

terça-feira, 22 de julho de 2008

I pray that something picks me up...


Entre a minha vista e o meu coração estabeleceu-se um acordo,
E agora cada qual faz ao outro um favor:
Quando meu olho está faminto por um olhar
Ou o coração almejando amar com suspiros que ele mesmo abafa,
Com o retrato do meu amor, então a minha visão entra em festa,
E ao banquete esboçado convida o coração:
De outra feita, o meu olho é o hospede do coração,
E em seus pensamentos de amor colabora:
Assim, quer seja por teu retrato, ou por meu amor,
Estás mesmo longe, presente sempre ainda comigo:
Pois não estás mais distante que ao alcance dos meus pensamentos,
E eu estou unido com eles, e eles contigo;
Ou se eles dormem, teu retrato na minha vista
Desperta o meu coração para alegria de vista e coração.



Soneto 47 - Shakespeare

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Desejo...


Preso.
Prendeste-me com as tuas mãos de princesa.
Foi um acto subtil.
Tal como a luz que abraça o Sol.
Mergulhaste sobre meu peito,
Leve, emocionada, mas forte.
Senti a flecha a perfurar o coração.

Imóvel.
É como gostava de sentir este momento.
Parar os segundos é um sonho.
Seria ter-te para sempre no meu peito.
Seria poder sussurrar as lendárias palavras
como se fosse uma nova vez.
É a nossa fantasia.

Doce.
São os teus lábios nos meus.
Foi o toque da tua pele na minha.
Será ter-te finalmente para sempre...
E ao mesmo tempo divagar...
Se foi apenas por uma noite.

Por mais que pense, não foi ainda inventada
outra forma de eu viver...
que não seja a pensar em ti.
Nem mesmo mudar de planeta o faria.

Por mais que tente, as saudades não se apagam.
Crescem à velocidade da luz.

Por mais que possa desejar, o meu mundo não é um mundo.
Se não fizeres parte dele.

O meu amor por ti é leve e perspicaz como uma borboleta.
Tu és a minha borboleta.
Sonho que voes na minha direcção.
Espero-te.

(Porque há algum tempo que o amor que sinto é uma realidade:)...Je t'aime*)

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Há dias assim...profundos.

Hoje foi um daqueles dias, em que mais do que nunca se voltou a acender a chama pela música. Não estou a falar daquela musica banal, a musica ambiente. Estou sim a falar daquela música que transmite algo mais do que notas, aquela música que nos obriga a reler a letra dia após dia... aquela música que por vezes é mais do que poesia.

Desde logo o dia começou extraordinariamente bem. 7.30h toca o despertador. RFM. Começa a tocar lentamente a melodia, "eu conheço isto", digo. Preenche por completo qualquer falha de espírito do nosso acordar...





Ao som the Cranberries lá me levantei com um sorriso no rosto. "Há muito que não ouvia isto...", pensei. Fiquei satisfeito, com energia para enfrentar o dia. Era dificil ser melhor. Preencheu-me a alma de nostalgia, relembrou-me as inúmeras tardes que em pequeno passava perto do rádio... Tomei banho. Comi. Saí. Ligo o carro, depois a rádio. Sintonizo na RFM novamente, na esperança de ouvir algo que desse continuidade ao meu estado de espírito. "Não está a dar nada de jeito", desabafei. Estava a dar uma música de Dire Straits, um pouco antiga, não era a minha onda. Tiro o carro da garagem. Olho para o espelho retrovisor para ver quando o portão fecha. Algo me distrai e obriga-me a olhar para o rádio, começava a tocar...






Confesso: senti-me completamente absorvido pela melodia. "Mas hoje a rádio toca o que sabe que vou gostar?", inquiri. E ainda não era nada. Mas enfim, Sade deixa qualquer um louco com a sua voz. É doce. Gosto, sempre gostei. Fez parte no emergir no gosto musical. Sade é assim qualquer coisa. Foi a banda sonora do meu trajecto, rapidamente cheguei ao destino. E adivinhem lá? Antes de sair do carro, ainda me ofereceram outra prenda...







Anouk e a sua energia imbatível em qualquer canção. Foi o culminar de um iniciar de dia excelente... pelo menos a nível espiritual. Fez-me divagar sobre o que são verdadeiramente as verdadeiras músicas. São aquelas que ouvimos várias vezes e gostamos? Ou serão aquelas que ouvimos quando as devemos ouvir e que nos levam a sonhar nesse momento? Bom, é como a questão do amor, quando banalizado perde a magia. A verdadeira música é aquela que surge no momento certo e que como por magia nos altera o estado de espírito. Sentir uma música não é facil. Não basta pôr no play. Eu tenho um conceito diferente de qualquer um sobre o que gosto e de como defino a música: para mim, tem um gostinho especial aquela música que ouves na rádio, algumas vezes, durante muito tempo, mas que nunca sabes o seu nome. Sabes que a melodia te encanta e que a letra te preenche. Afinal não é isso que interessa? No amor, não deve ser mais importante a consagração do verdadeiro sentimento? Uma das artes que o ser humano tem é a de se preocupar em demasia com pequenas coisas. É pouco aventureiro. Um pormenor estraga um sonho de uma vida. Um pormenor minúsculo chega a ser mais importante que o núcleo das coisas. Tenho para mim que são inúmeras as vezes que não sabemos aproveitar o que devíamos. São poucas as vezes que vamos em busca do que amamos quando é difícil. Há uma palavra para tudo isto: comodismo. Afecta a possibilidade de pudermos adquirir algo melhor. Afecta o concretizar de muitos sonhos apenas porque é arriscado e algum pormenor nos pode colocar numa posição pior, mesmo que o risco seja ínfimo... Enfim, ideias: não ao comodismo, sim aos sonhos...

E as músicas fazem-me sonhar, sobretudo, na vertente do conjugar situações:"como poderia ter sido se não fizesse aquilo", "devia ter aproveitado aquele momento", "no fundo, deveria ter dito-lhe que a amava"...coisas assim. Bom, por fim, e ainda mais especial, a rádio tocou para mim uma última música, uma das minhas favoritas... aquele sentimento de que ouvir... transformou-se...e começou a cantar...



Que venham mais dias assim...
*

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Momento Zen


terça-feira, 1 de julho de 2008

Oh... como eu queria...


Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
colhidos no mais íntimo de mim...
Suas palavras
seriam as mais simples do mundo,
porém não sei que luz as iluminaria
que terias de fechar teus olhos para as ouvir...
Sim! Uma luz que viria de dentro delas,
como essa que acende inesperadas cores
nas lanternas chinesas de papel!
Trago-te palavras, apenas... e que estão escritas
do lado de fora do papel... Não sei, eu nunca soube o que dizer-te
e este poema vai morrendo, ardente e puro, ao vento
da Poesia...
como
uma pobre lanterna que incendiou!

Mario Quintana (Quintana de Bolso)