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sexta-feira, 14 de maio de 2010

Benção...=)


No princípio era o Lugar da Esperança,
Onde a felicidade era o primeiro sentimento,
E o orgulho a primeira lembrança,
Do como passaram quatro anos num momento.

Ao entrar, os corredores barulhentos
Faziam lembrar um coliseu em noite de concerto,
A mistura de vozes colidiam com os pensamentos,
Recordo cada segundo com aquele aperto.

Os anos passaram como um verdadeiro suspiro,
À noite ainda oiço as vozes a criarem confusões,
De outrora vividas em retiro,
Foram e são verdadeiras emoções.

Na verdade, nunca tive muitos amigos,
Nunca aproveitei o lado da convivência.
São poucos, mas para sempre sentidos,
E recordados nos eternos lugares da minha consciência.

Os momentos difíceis que o vento embalou,
Foram testes à minha humildade,
E agora para onde vou?
E agora o que faço à saudade?

O Futuro poderá ser incerto,
Poderei não saber como viver o amanhã,
Mas não esquecerei quem de mim esteve perto,
E me manteve a mente sã.

Na Caridade e Na Verdade,
Construir, hoje, o amanhã?
Na Paixão e Na Certeza,
Viver o amanhã rejubilando-me
Com o Passado.

Tudo isto representa o início de um novo ciclo eterno,
O que por vezes o nosso coração queria,
Mas agora olhamos para trás e recordamos quem foi nosso fraterno,
E já sentimos Saudades da Academia!

domingo, 9 de maio de 2010

Momentos assim...


Pergunto a mim próprio em que noite nos perdemos?,
Que desencontro nos levou de um a outro lado das
Nossas vidas? E que caminhos evitámos para que os nossos
Passos se não voltassem a cruzar? Mas as perguntas que
Te faço, hoje, já não têm resposta. Sento-me contigo,
Nesta mesa da memória, e partilho o prato da solidão. Tu,
Na cadeira vazia onde te imagino, sacodes o cabelo com
Um aceno de ironia. E dou-te razão: as coisas podiam
Ter sido de outro modo. Não te disse as palavras que
Esperaste; e havia o mar, com as suas ondas, nessa tarde
Em que me puxaste para longe da cidade, como se
A noite não nos obrigasse a voltar, quando o horizonte
Se apagou à nossa frente. Depois disso, nenhuma
Pergunta tem resposta. O que é absurdo há-de continuar
Absurdo, como o horizonte não se voltou a abrir,
Trazendo de volta os teus olhos que me pediam que
Os olhasse, até que a noite me impedisse de o fazer.


Nuno Júdice, Em Frente ao Mar

sexta-feira, 7 de maio de 2010

(...)


No fundo, as relações entre mim e ti
cabem na palma da mão:
onde o teu corpo se esconde e
de onde,
quando sopro por entre os dedos,
foge como fumo
um pequeno pássaro,
ou um simples segredo
que guardávamos para a noite.

Nuno Júdice, in "O Movimento do Mundo"

domingo, 21 de março de 2010

Porque hoje é Dia Mundial da Poesia e, como sempre, é dia de recordar o poema da minha vida...

Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.

Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus.

Eugénio de Andrade

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

...

Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:
"Navegar é preciso; viver não é preciso".

Quero para mim o espírito [d]esta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:

Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo.

Só quero torná-la de toda a humanidade;
ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso.

Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir
para a evolução da humanidade.

É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.

Fernando Pessoa in Obra Poética

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Estações e o amor relembrado


As flores da primavera à muito que se extinguiram
Com elas levaram o fruto do encanto querido.
Eram as mesmas flores que as tuas mãos colheram
Eram as mesmas mãos que tocaram o meu coração ferido.

No verão que os teus olhos trouxeram,
O frenesim do tumulto de sensações aconteceu.
E, no fim, quando os teus braços não mais me quiseram,
A loucura deu lugar à tempestade e o meu sorriso desapareceu.

A tristeza que o outono trouxe ao meu rosto,
Convidou ao abraço às folhas caídas.
E a desilusão trouxe à minha boca o gosto
Dos teus lábios e das memórias vividas.

Quando a porta do inverno deixou entrar o vento,
As minhas mãos sentiram o frio da tua saudade.
A chuva lá fora fez-me lembrar o desalento
Ao saber que o nosso amor não era a realidade.

Passei as estações da vida à procura do que nunca encontrei.
Hoje, penso que o futuro está em cada estrela.
E reúno forças para reencontrar quem amei,
Só para sentir o sorriso nosso ao vê-la.

domingo, 8 de novembro de 2009

I'm looking for you...


Desço a avenida procurando-te em cada esquina da rua.
Procuro em cada porta a tua sombra que marca a diferença..
Procuro em cada estrada o teu rosto com o reflexo da lua.
Olho no espaço o sentimento da tua presença.

A busca terna pelo impossível.
Obriga ao sentimento do esforço dos movimentos.
Correndo em cada ponto dos encantamentos,
À procura de um amor para sempre visível.

A desistência não vive em mim.
A loucura faz parte nós.
O teu beijo é uma onda em fim,
Que me faz falta quando quero estar contigo a sós.

Quando regresso a casa sem ti,
Abrigo-me na leveza do ser.
Pego em tudo o que já de te li.
E durmo a pensar que contigo quero viver...

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Interrogações do alto da quimera num dia triste em clausura...


Aconteceu
Eu não estava à tua espera
E tu não me procuravas
Nem sabias quem eu era
Eu estava ali só porque tinha que estar
E tu chegaste porque tinhas que chegar
Olhei para ti
O mundo inteiro parou
Nesse instante a minha vida
A minha vida mudou
Tudo era para ser eterno
E tu para sempre meu
Onde foi que nos perdemos?
O que foi que aconteceu?
Tudo era para ser eterno
E tu para sempre meu
Onde foi que nos perdemos, meu amor?
O que foi que aconteceu?
Aconteceu
Chama-lhe sorte ou azar
Eu não estava à tua espera
E tu voltaste a passar
Nunca senti bater o meu coração
Como senti ao sentir a tua mão
Na tua boca o tempo voltou atrás
E se fui louca
Essa loucura
Essa loucura foi paz
Tudo era para ser eterno
E tu para sempre meu
Onde foi que nos perdemos?
O que foi que aconteceu?
Tudo era para ser eterno
E tu para sempre meu
Onde foi que nos perdemos, meu amor?
O que foi que aconteceu?

domingo, 1 de novembro de 2009

Verdes são os campos..



Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.

Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.

Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.

Luís de Camões

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

1/4


Nunca deixes que um tormento te tire o alento.
Nunca deixes que a paixão desfaça o teu coração.
Nunca desistas da cor que abraça o teu amor.
Nunca desistas do sorriso que te mostra o paraíso.

Somos simplesmente pessoas. Um dia anjos talvez.
Somos simplesmente palavras. Sem frases nem porquês.
Brincamos com as pedrinhas como se fossem estrelas.
Brincamos ao relento sem perder o sentimento.

Quando saíres de casa e pensares que estás sozinha,
Agarra nas sílabas que te disse ontem a noite.
Caminha pela rua confiante e recolhe cada pedrinha.
Logo, faço-te um castelo e no teu quarto talvez pernoite.

domingo, 11 de outubro de 2009

Os versos que te fiz...


Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer!
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.

Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder…
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer!

Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda…
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz!

Amo-te tanto! E nunca te beijei…
E nesse beijo, amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!

Florbela Espanca
[Simplesmente, para ti...]

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Que a viagem comece...


Tu. Coração estrelado que me acompanhas,
Convido-te a navegares estes mares comigo.
Envolvendo os nossos corações em chamas,
Obriga-me a fugir contigo para o abrigo.

Não hesites a nossa busca pela felicidade.
Não deixes que o medo te enfraqueça.
Tu e eu. Aqui. Somos a única verdade
De toda uma paixão que jamais se esqueça.

Sabes, todas as palavras que te suspiro,
Não são dignas do teu encanto.
Porém, são sinceras como o amor que firo,
Sem ti as noites são um pranto.

O destino que à nossa frente se constrói,
Parece vazio e apenas com mar ao redor.
Esquece todas as sensações que em ti dói,
Aceita-me. Por um futuro melhor.

Viveremos só nós e o mar.
Sem gente inútil para odiar.
Caminhando sempre na mesma direcção
Em busca do infinito do nosso coração…

Porque em todos os segundos meus olhos estão fitos em ti…

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Just Love...


Deixa-me que te abrace
Como as nuvens abraçam o vento.
Deixa-me que te beije
Como o céu e a vida num momento.

Teus olhos, pérolas infinitas,
Transpiram a sensualidade do interior,
Tal como as mãos mais bonitas
Que fazes caminhar pelo meu exterior.

Percorro a ternura da tua alma
Procurando a fantasia extenuante do prazer.
No teu corpo sinto a terna calma
A cada movimento que o sinto fazer.

O suspiro de encanto emotivo
Deu som aos gritos de paixão
Onde depois de um momento cansativo
Reinarás para sempre no meu coração.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

...

Perde-se a voz que gritou toda a noite.
Perde-se o espírito que embalou a cama.
Perde-se as palavras em frases inúteis.
A janela aberta deixou entrar o vento
Que tudo levou.
Resta-me ficar aqui deitado na cama.
Sem lençóis.
Sem força.
Sem ambição.
Apenas quero ficar acordado a pensar em ti.
Quero sonhar que os gritos que não dei
Libertaram-me como se os tivesse dado...

sábado, 15 de agosto de 2009

...

Um beijo redondo com sabor a mel.
Querias que te cheirasse como uma flor.
Querias que os meus lábios não soubessem a fel.
Uma troca de fluidos com sabor a amor.

As mãos que transformam o sol em lua
Fazem-me acreditar num sorriso estridente
Confio na alegria que é tua
E no meu coração que nunca mente.

Deixa as tuas pegadas na areia do meu destino.
Não apagues cada um dos nossos beijos.
O batimento do meu coração diz-me que defino
Cada um dos nossos desejos.

Quando achares que não vale a pena.
Fecha os olhos e recorda.
Verás que a nossa alma não é pequena.
E todos os dias o nosso amor acorda.

sábado, 25 de julho de 2009

Já não sei para onde ir...



Falhei no lançamento da felicidade na vida,
Cometi erros que só o teu amor pode apagar.
Deixei que me se abrisse uma ferida
Que só o teu sorriso vai curar.

Procuro pelos caminhos perdidos
Todos os beijos que nunca demos
Sinto-me infeliz por perder os meus destinos
E por perdermos o que quisemos.

Olho para mim e não me vejo.
Procuro e não me encontro.
Porque não me dás um beijo?

Procuro-te por caminhos perdidos.
Onde jamais encontrarei a felicidade
Dos tempos queridos.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Do you really want me to your eternal life? Tell me 'cause i'm lost.


Perdi o tacto do sentimento.
Perdi a felicidade que transportava no rosto.
Perdi a motivação do acordar e a esperança no acreditar.
Perdi a certeza de que todas as coisas eram possíveis.
Perdi a paixão pelas coisas impossíveis.
Perdi o sentimento que o tempo para mim transportava.
Perdi o caminho por onde fazia sentido ir.
Perdi a vontade de ficar. Quero ir embora.
Guardei toda a vida os meus sonhos nos meus bolsos.
Um dia descobri que estavam rotos.
Perdi os meus sonhos pelos caminhos errados da minha vida.
Perdi os meus sonhos por erros que sonhava não cometer.
Perdi os meus sonhos pelas ruas sujas e pela calçada vulgar.
Perdi os meus sonhos na chuva dos meus dias e na tristeza do meu olhar.
Pior que isso, perdi a esperança de os voltar a encontrar.
Perdi a vontade de gritar e perdi a vontade de rir.
Perdi tudo o que tinha e tudo o que não teria.

Uma luz ao fundo mostrava-me que não tinha perdido uma coisa:
Coragem.
Esboço um sorriso.
Depois uma gargalhada.
Por fim, um abraço no ar que nada tem.
Dentro de mim, renasce a coragem da luta.
Dentro de mim, renasce a voz que me diz: “Tu consegues.”
Avanço pela calçada fora.
Digo que consigo, tento não mentir-me.
Esforço-me por ser quem ainda não sou.
As pessoas por quem passo olham-me com espanto.
Dispo o casaco com os bolsos rotos onde perdi os sonhos.
Olho para não sei onde à procura de um caminho até ti.
Volto a construir os sonhos um a um.
Volto a construir os meus sonhos mesmo que seja para os voltar a perder.
Inicio uma caminhada pelo construir de novos sonhos e reconquistar os perdidos.
O sofrimento do fracasso não me assusta.
“Vale a Pena!” – digo-me e minto-me.
Acompanhas-me?

sábado, 4 de julho de 2009

I want to kiss you ok?


Vem ter comigo, meu amor.
Aqui espero para que me ajudes a mudar tudo isto.
Ajuda-me a mudar o meu destino.
Ajuda-me a curar o meu coração.
Partiu-se.

O mundo foi inventado para nós.
Deixa-te amar.
Envolve-te nos meus braços,
E vive comigo sempre assim.
Cola os pedaços partidos como se ele fosse teu.

Não tenhas medo. Eu tenho.
Dá-me um pouco do teu calor.
Deixa que a paixão seja para sempre nossa.
Chega-te ao pé de mim,
E ama-me.
Fá-lo como só tu o consegues fazer.

Do you Love me?


Foi assim.
Num breve beijo.
Vivo. Aberto.
Tudo começou.
Tudo viveu.
Tudo se abraçou.

Foi assim.
Cantando e sorrindo.
Beijando e abraçando.
Que tudo perdurou.
Que nunca acabou.

Foi assim.
Uma história.
Uma melodia.
Uma vida.
A verdadeira felicidade.

Foi assim.
Que te conheci.
Amei.
Vivi.
Foi assim.
Que em mim perduraste,
Até ao último suspiro.

domingo, 21 de junho de 2009

Porque há palavras que tudo dizem...


Thanks for all you've done
I've missed you for so long
I can't believe you're gone
You still live in me
I feel you in the wind
You guide me constantly

I've never knew what it was to be alone, no
Cause you were always there for me
You were always waiting
And now come home and I miss your face so
Smiling down on me
I close my eyes to see







And I know, you're a part of me
And it's your song that sets me free
I sing it while I feel I can't hold on
I sing tonight cause it comforts me

I carry the things that remind me of you
In loving memory of
The one that was so true
Your were as kind as you could be
And even though you're gone
You still mean the world to me

I've never knew what it was to be alone, no
Cause you were always there for me
You were always waiting
But now I come home and it's not the same, no
It feels empty and alone
I can't believe you're gone

And I know, you're a part of me
And it's your song that sets me free
I sing it while I feel I can't hold on
I sing tonight cause it comforts me

I'm glad he set you free from sorrow
I'll still love you more tomorrow
And you will be here with me still

And what you did you did with feeling
And You always found the meaning
And you always will
And you always will
And you always will

And I know, you're a part of me
And it's your song that sets me free
I sing it while I feel I can't hold on
I sing tonight cause it comforts me.
Alter Bridge, In Loving Memory

[Voltarei no dia em que aquela linda borboleta voltar a pousar no meu jardim e me mostrar que todas as coisas são possiveis...através do seu brilho que me mantém forte.

Teu sorriso comove o mais insensível.
Como o nascer do teu olhar, simplesmente imperdível.
Teus cabelos são como ondas do mar,
Relembram-me aquele dia na praia onde revelei te amar
…]