sábado, 29 de agosto de 2009

"A morte de Ivan Ilitch", de Leon Tolstoi




A Morte de Ivan Ilitch é um romance de Leon Tolstói, publicado pela primeira vez em 1886. Trata-se sobre a morte de Ilitch, a sua vida antes e durante. O livro percorre toda a vida de Ilitch. Inicialmente, começa com o velório, mas depois volta a trás e conta como ele conheceu a sua mulher, as razões e condições do seu casamento até à sua morte. Ivan Ilitch era um juiz muito respeitado que depois de conseguir uma oferta para ocupar funções numa nova cidade, compra a casa dos sonhos da sua mulher e ele próprio se ocupa da decoração. A certa altura, enquanto decorava uma divisão da casa, cai e magoa uma região no rim e, a partir daí, começa a doença que lhe levaria a morte.
A partir daí o livro torna-se um relato do caminho que levaria à morte de Ilitch. A dor, a mágoa, as dificuldades. É um relato impressionante e extremamente tocante capaz de deixar qualquer um a pensar se existe alguém que possa sofrer tanto dor e se algum dia conseguiríamos suportar tanta dor. Deixa-nos sem palavras e surge-nos como uma intensa emoção de desespero em que é imprescindível ter dó de Ilitch. O mais incrível é que perante a falta de apoio da família e todas as mentiras que ela vai criando perante os amigos, apenas se torna agradável para Ilitch estar com o filho de apenas 14 anos e com um criado seu, porque se tornam as únicas pessoas sinceras para ele.

Ivan Ilitch quer morrer, porque se ele morrer será o término da sua dor. Quando está prestes a morrer, ele já sabe, despede-se da família.

Uma obra impressionante de Tolstoi, dizem que é uma das melhores e para mim foi dos livros mais impressionantes que já li, com o relato mais doloroso que algum livro foi capaz de conter… Quanto à escrita, simplesmente genial, nada a dizer a não ser: é impossível parar a meio...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A Simbologia do 26

"E se..."

Toda a vida me perguntaram: “Até onde irias por um grande amor?” e toda a vida respondi: “Até ao fim do mundo.” E digo-te a ti minha princesa, por ti, sou capaz de escalar as montanhas ou sofrer pelo o que for preciso, por ti, vou ao fim do mundo, busco o que for necessário e volto para os teus braços. O que eu era capaz de fazer por ti? Respondo-te que faria tudo o que me pedisses só para ficar contigo. Sem pensar duas vezes.

Sem ti a minha vida não tem significado, apenas tem o tempo que lhe quiserem dar. Sem ti a minha vida seria igual a um jardim sem flores e apenas com relva. Sem ti a minha vida seria uma música sem letra ou um filme sem falas. Sem ti a minha vida seria uma vida sem emoções e uma vida sem sonhos.

Em mim vive e viverá sempre o teu coração e tudo o que tens de sonho. Em mim viverá sempre este amor que nos une e tanto nos orgulha. Descobri o sentido da minha vida: fazer-te feliz.

"Um cântico de Natal", Charles Dickens


Sinopse:
"Ebenezer Scrooge é um homem avarento que não gosta do Natal. Trabalha num escritório em Londres com Bob Cratchit, seu pobre, mas feliz empregado, pai de quatro filhos, com um carinho especial pelo frágil Pequeno Tim, que tem problemas nas pernas.
Numa véspera de Natal Scrooge recebe a visita de seu ex-sócio Jacob Marley, morto havia sete anos naquele mesmo dia. Marley diz que o seu espírito não pode ter paz, já que não foi bom nem generoso em vida, mas que Scrooge tem uma hipótese, e por isso três espíritos o visitariam.

O primeiro espírito é o Espírito dos Natais Passados, que leva Scrooge de volta no tempo e mostra sua adolescência e o início da sua vida adulta, quando Scrooge ainda amava o Natal.

O segundo espírito é o do Natal do Presente. Ele mostra a Scrooge as celebrações do presente, incluindo a humilde comemoração natalina dos Cratchit, onde vê que, apesar de pobre, a família de seu empregado é muito feliz e unida.
O terceiro espírito é o dos Natais Futuros. O espírito não diz nada, mas aponta, e mostra a Scrooge sua morte solitária, sem amigos.

Após a visita dos três espíritos, Scrooge amanhece como um outro homem..."


Não há muito que se possa dizer sobre esta obra, pode-se resumir tudo a 4 ideias-chave: foi o ponto de partida para tantas histórias de natal, influenciou vários desenhos animados e filmes, foi a base de todos os contos de natal, o princípio de tudo; depois, é uma leve leitura, é um verdadeiro conto que se lê em duas horas sem dificuldade, tem uma escrita simples, sem complicações, sendo sobretudo um conto destinado ao povo que verdadeiramente sente e vive o eterno espírito de natal; quanto ao conteúdo, é a mítica história do rico /pobre, do feliz/infeliz, do bom / mal, cujo objectivo é tornar aquele que nenhum valor dá naquele que todo o valor se esforça para dar, é uma história do dar sem receber e do conseguir ser feliz sem nada ter; por fim, é uma história de natal e isso diz tudo sobre a sua qualidade…
Talvez o mais conhecido personagem inspirado nesta obra seja o Tio Patinhas (em inglês: Uncle Scrooge), o avarento da Disney que, junto com Mickey, protagonizou o desenho animado, Mickey's Christmas Carol (1983), baseado em A Christmas Carol, o mais famoso dos contos de Natal de Dickens.

...

Perde-se a voz que gritou toda a noite.
Perde-se o espírito que embalou a cama.
Perde-se as palavras em frases inúteis.
A janela aberta deixou entrar o vento
Que tudo levou.
Resta-me ficar aqui deitado na cama.
Sem lençóis.
Sem força.
Sem ambição.
Apenas quero ficar acordado a pensar em ti.
Quero sonhar que os gritos que não dei
Libertaram-me como se os tivesse dado...

Recordar Once2






Recordar Once1


"Cause this is what you've waited for
A chance to even up the score
And as these shadows fall on me now
I will somehow

Cause I'm picking up a message Lord
And I'm closer than I've ever been before

So if you have something to say
Say it to me now
Say it to me now (...)

Are you really here or am I dreaming
I can't tell dreams from truth
for it's been so long since I have seen you
I can hardly remember your face anymore

When I get really lonely
and the distance causes our silence
I think of you smiling
with pride in your eyes a lover that sighs

If you want me satisfy me, if you want me satisfy me(...)

Take this sinking boat and point it home
We've still got time
Raise your hopeful voice you have a choice
You've made it now "

"I don't know you but I want you"

sábado, 22 de agosto de 2009

"O Processo", de Franz Kafka

Sinopse:

"O Processo é um romance escrito pelo escritor checo Franz Kafka, e conta a história de Josef K., personagem que acorda certa manhã, e, sem motivos sabidos, é preso e sujeito a longo e incompreensível processo por um crime não revelado. A figura de Josef K. é o paradigma do perseguido que desconhece as causas reais de sua perseguição, tendo que se deixar levar às elucidações alegóricas e falaciosas advindas de variadas fontes.
O Processo apresenta ao leitor a narrativa carregada de uma atmosfera desorientada e avulsa na qual o personagem Josef K. está imerso. Tal atmosfera deve-se mormente à sequência infindável de surpresas quase surreais, geradas por uma lei maior e inacessível, que está no entanto em perfeita conformidade com os parâmetros reais da sociedade moderna. O absurdo presente em toda obra é o ponto de partida, sem conclusão, da confusão que se desenrola na mente de Josef K., assim como em todos os ambientes reais nos quais ele está inserido, o que dá ao leitor a sensação incomoda própria do estilo da obra kafkaniana.

Nesta obra, o protagonista, atónito, ao ser informado que contra ele havia um processo judicial (ao qual ele jamais terá acesso e fundado numa acusação que ele jamais conhecerá), percorre as vielas e becos da burocracia estatal, cumpre ritos inexplicáveis, comparece a tribunais estapafúrdios, submete-se a ordens desconexas e se vê de tal modo enredado numa situação ilógica, que a narrativa aproxima-se (e muito) da descrição de confusos pesadelos."


O Processo revela-se uma obra complexa, absurda e agressiva. São, desde logo, essas palavras que tornaram a obra num sucesso e das mais badaladas de sempre. É complexa porque desde o início que te vês dentro de uma história onde surgem diversos porquês que não te são respondidos. Absurda porque relata coisas que não têm o mínimo de cabimento possivel. Agressiva porque visa afectar quem lê, da mesma maneira que é dado um berro bem alto para acordar as mentalidades para os erros cometidos pelas pessoas. Confesso que a mim a obra agradou-me especialmente pela curiosidade de saber o porquê do Processo, o que estaria por detrás de tudo, e por isso fiquei um pouco perpelexo quando descobri que o livro não me fornecia essas respostas, mas tinha de ser eu a desenhá-las. Sim, é daqueles livro com um final onde depois de fechares o livro pensas e perguntas: "Que raio, será que me escapou algo? Queres ver que não li algum capítulo?". Tinham-me alertado para o facto de o estilo de Kafka ser pouco vulgar e realmente confirma-se, contudo, gostei bastante da forma como escreve cada cena e é impossivel que nas descrições não o comparemos a Eça de Queirós com um cheirinho a Camilo Castelo Branco e uma pitada de Almeida Garrett, mas isso apenas nas descrições, faltando depois a componente trágica e filosófica muito própria de Kafka. É um livro interessante que faz de tudo para puxar pela nossa cabeça...
É um livro que tem como pano de fundo todas as questões jurídicas, criminais, judiciais e filosóficas. Dá nos a conhecer a mente de um acusado e o tráfico de influências do mais reles poder de autoridade. Embrulha-nos num autêntico pesadelo sem fim, num grito silencioso...


"Sem motivo Josef K. é capturado e interrogado em seu aniversário de 30 anos. As circunstâncias são grotescas, ninguém conhece a lei e a corte permanece anônima. A "culpa", descobre Josef K., torna-se-lhe inerente, sem que ele possa fazer algo contra isso. Obstinadamente, mas sem sucesso, ele tenta lutar contra o crescente absurdo e envolvimento, ignora todo aviso de resistência e é por fim executado um ano depois nos portões da cidade."


Curiosidades:

1- Esta obra tem um final abrupto muito por culpa por ser uma obra incabada. Kafka escreveu os capítulos e nem sequer os numerou, quem o fez foi o seu amigo pessoal, Max Brod (responsável pela publicação de vários textos de Kafka), segundo a ordem de leitura dada por Kafka.

2- Kafka queimou grande parte das suas obras. Destruiu muitas novelas, textos e crónicas. No seu testamento, pedia que Max Brod o fizesse em relação a tudo o resto, mas este recusou-se a fazê-lo e tinha-o dito a Kafka e, por isso, este apressou-se a fazê-lo em relação a aluns textos.

3- Fiquei a saber que existe um filme referente a esta obra que procurarei ver e depois comentar aqui, chama-se: The Trial, de Orson Welles

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

"Jogador", Fiódor Dostoiévski


Sinopse:

"Uma das obras mais conhecidas de Dostoiévski, Um jogador é o relato vertiginoso de um homem absorvido por duas paixões: o amor não correspondido por uma jovem e a sedução do ganho fácil nas mesas de roleta.Tendo vivido intensamente, durante certa fase de sua vida, a paixão pelo jogo, Dostoiévski tinha o plano de escrever um livro onde pudesse pôr a nu a psicologia do tipo do jogador profissional. Em 1866, obrigado por uma cláusula contratual a entregar um novo livro a seu editor, sob pena de perder os direitos sobre toda sua obra por nove anos, Dostoiévski retomou aquele projecto e contratou a taquígrafa Ana Grigórievna, que depois se tornaria sua segunda mulher, para, em vinte e poucos dias, produzir esta pequena obra-prima.
Ao criar uma trama de grande densidade e ao mesmo tempo extremamente divertida, na qual todas as relações são pautadas pelo dinheiro, o grande escritor russo conseguiu não apenas realizar seu projecto sobre a psicologia do jogador, mas tecer uma crítica contundente ao capitalismo."


Esta foi a minha primeira aventura em Dostoiévski, surpreendeu-me. O jogador, pelo que pesquisei e me informaram, está um pouco longe de ser a sua melhor obra, contudo é um livro que se lê num suspiro, numa tarde em que não há outra coisa melhor para se fazer e nos apetece sentar, na cadeira, à varanda e fugirmos um pouco do nosso mundo. Em si, a história baseia-se em três pilares: o amor não correspondido, a ganância não escondida e o jogo incontrolável. Facilmente nos identificamos com certas passagens, porque já vimos acontecer aos nossos olhos ou simplesmente já aconteceu connosco. É, sem dúvida, um livro que consegue misturar brilhantemente o vício do amor (romance) e o vício do dinheiro (jogo). Mas dizer só isto não traz nada de novo aos livros, seria dizer que a escrita de Dostoiévski nada tem de especial, muito pelo contrário, é ela que torna uma história um pouco banal em absorvente. O ponto especial da sua escrita está na perspicácia como é gerida a informação. Dostoiévski luta em cada linha e em cada parágrafo para não nos contar tudo, apenas conta o suficiente para que não paremos de ler o que torna a leitura num vício e a o ritmo do vício do jogo que a história desenrola. É um livro macio mas viciante. Um bom companheiro numa tarde de fim-de-semana em que na televisão nada de jeito dá e nos vemos sozinhos…

Virão outros de Dostoiévski, mas até lá segue-se Kafka.



"Neste momento senti que eu era um jogador. Senti isso como nunca até então. Minhas mãos tremiam, as pernas vergavam-se. As têmporas pulsavam agitadamente…"

"Desejo penetrar-lhe na alma e arrancar-lhe os segredos; desejo que venha a mim e me diga: ‘Eu o amo!’"

sábado, 15 de agosto de 2009

...

Um beijo redondo com sabor a mel.
Querias que te cheirasse como uma flor.
Querias que os meus lábios não soubessem a fel.
Uma troca de fluidos com sabor a amor.

As mãos que transformam o sol em lua
Fazem-me acreditar num sorriso estridente
Confio na alegria que é tua
E no meu coração que nunca mente.

Deixa as tuas pegadas na areia do meu destino.
Não apagues cada um dos nossos beijos.
O batimento do meu coração diz-me que defino
Cada um dos nossos desejos.

Quando achares que não vale a pena.
Fecha os olhos e recorda.
Verás que a nossa alma não é pequena.
E todos os dias o nosso amor acorda.

domingo, 9 de agosto de 2009

Perto.


Perto. Sinto-te tão perto. Perto do que sou e daquilo que gostarias que fosse. Perto de mim em mim mesmo. Perto de nós. Sinto o teu respirar e o teu querer tocar. Sinto o teu amor, mesmo sem o teu toque. Sinto o teu prazer sem ter de sentir o teu corpo. Sinto-te tão perto, mesmo que estejas longe.

Enlouqueces os meus momentos e dás-lhes o perfume de cada instante, e não estás perto de mim. Imobilizas o meu coração a cada carinho teu e aceleras a emoção a cada orgulho meu, apesar de não estares perto. Se o meu amor fosse feito de pontos há muito que atingiste a pontuação máxima e nem era preciso estares perto de mim…

Construíste para mim um mundo feito de magia, fantasia e sonhos; construíste todas as paredes mágicas que nos envolveram; construíste e pintaste cada pedaço colorido do nosso amor… tudo isto, sem ter sido preciso estares perto de mim…

sábado, 1 de agosto de 2009

Um clássico impossível de esquecer...=(

"Another day has gone
I'm still all alone
How could this be
You're not here with me
You never said goodbye
Someone tell me why
Did you have to go
And leave my world so cold

But you are not alone
For I am here with you
Though we're far apart
You're always in my heart
But you are not alone

Just the other night
I thought I heard you cry
Asking me to come
And hold you in my arms
I can hear your prayers
Your burdens I will bear
But first I need your hand
Then forever can begin"