segunda-feira, 30 de abril de 2007

Beleza Textual

Desliza pelo meu corpo uma gota de chuva,
A textura assemelha-se à tua lágrima
o deslizar dela pelo teu rosto,
o sentimento de infelicidade que te
faz tão bela.

Agora já não choras... sentes.
Sentes a música que flúi pela nossa atmosfera.
Não sabes que te vejo...
Toco-te com um olhar fulminante de prazer.
O desejo de te querer comigo é mais intenso
do que o desejo de viver amanhã...

A cor que envolve-nos neste abraço gigante...
Indescritível...
Faz com que me caia uma lágrima...
O sentimento de gravar este momento na minha memória
extrapola o controlo de emoções...

Vejo um rasgar de sorriso...
Uma beleza que me emociona...

Levanta a cabeça, anjo lacrimoso...
Olha para o horizonte que te sorri,
Logo atrás daquela montanha.

domingo, 29 de abril de 2007

Porque consigo sentir-te.














Sentado na rocha ao pé do mar,
Só agora me apercebo da realidade da vida,
Bem diferente das nossas ideias,
O lado negro das crateras da lua.

Se me importo com tudo isto?
Talvez me importe mais por não ter compreendido mais cedo..
Mas todo o ser vive no seu mundo...
Idealizado. Obscuro.

Cresce a velocidade do vento.
Comparável à mudança repentina da
noite para o dia
na nossa vida.

Hoje de manhã tinhamos as mãos unidas e o sorriso brilhante.
Agora não te vejo...
as tuas mãos não sinto...
a tua cara não imagino.
É o eufemismo da vida.
Por vezes, tudo parece imutável,
raio do tempo que tudo muda.
Até as rochas que me apoiam desapareceram
com o embater das agressivas ondas...

O próprio calor que era a causa da minha vinda...
Já se foi...
O que há agora não é mais
do que uma brisa gelada,
me chateia e entristece.

Preparo-me para ir...
É já de pé que te vejo.
Sentada o suficientemente longe para que não te veja...
mas o suficientemente perto para que me sintas...

Apesar de tudo...
No fim lá estava ela.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Balada do encanto perdido...

«Eu sou um encanto perdido, mas no sonho não era.
Não sou louco, como os outros disseram. Não queria ser deste modo, frio e cobarde, egoísta e perdido, como a minha mãe dizia. Mas o sonho só existe num lugar inexistente. Talvez no deserto haja sonhos com olhos de continuar.
No entanto, descobri uma porção de existência não completamente submersa! Descobri através de ti! Haverá ainda esperanças neste insuportável vazio?
Talvez seja possível ainda... percebi isso ontem... quando me puseste a mão no rosto...
Jardim de Arca de Água...
(nota: a esperança desta balada nunca foi conseguida.) »

adão e eva no deserto... um olhar psicanalítico, Jaime Milheiro

(um excerto do livro que impulsionou o meu olhar sobre o que é de facto ler...)

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Momento BAH

(Desde sempre o blackout foi uma arma potente do Homem..)

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Porque hoje é 25 de Abril.



Isto vai meus amigos isto vai
um passo atrás são sempre dois em frente
e um povo verdadeiro não se trai
não quer gente mais gente que outra gente

Isto vai meus amigos isto vai
o que é preciso é ter sempre presente
que o presente é um tempo que se vai
e o futuro é o tempo resistente

Depois da tempestade há a bonança
que é verde como a cor que tem a esperança
quando a água de Abril sobre nós cai.

O que é preciso é termos confiança
se fizermos de maio a nossa lança
isto vai meus amigos isto vai.
Ary dos Santos

terça-feira, 24 de abril de 2007

Em Bom Trapalhês

(Se não vês nada de mal, aconselho-te a que batas com a cabeça na esquina da mesa mais próxima. Obrigado.)

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Onde andam as badalhocas?

sábado, 21 de abril de 2007

Um momento diferente...

A floresta encantada das
Oportunidades perdidas,
Fantasiam os nossos sonhos…

Ser que não é.
Fui quem não devia ter sido.
Faz ribombar sinos extensos na nossa mente,
Provocando catástrofes naturais de ser
Humano deprimente e perdido.

São as angústias do presente
Que mantém vivo o passado.
Um passado em que te tinha.
Um passado onde era feliz por te ter.

Hoje, este presente é um puzzle incompleto…
Sinto a tua falta.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Um pouco de Filosofia...

" Não é a satisfação da vontade que é a causa do prazer, mas é o facto de que a vontade quer ir mais longe e tomar-se senhora do que se encontra sobre o seu caminho.

O sentimento de prazer reside precisamente na insatisfação da vontade, na incapacidade da vontade para satisfazer sem adversário e resistência."



Nietzsche, La Volonté de Puissance



"Meu amigo, eis a grande missão do poeta:

anotar e interpretar seus sonhos.

Acreditai que a ilusão mais verdadeira

é recirar os sonhos verdadeiros."



Nietzsche, Origem da Tragédia

quinta-feira, 19 de abril de 2007

És tu.


Num deserto sem água
Numa noite sem lua
Num país sem nome
Ou numa terra nua

Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.



Sophia de Mello Breyner Andresen

terça-feira, 17 de abril de 2007

Foste tu.


Foste tu e não outra.
Foste tu porque tinhas de ser tu.
Não sei se quiseste. Mas foste.
O tédio da vida transformou-se em ondas selvagens.
Porque foste tu.
A alegria reencontrou-me nas tuas passadas.
Porque foste tu.
Agora diz-me:
Foste ou ainda és?

Porque memórias do passado são para quem não tem alegrias no presente...

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Momento BAH

É preciso dizer alguma coisa? Um RIDÍCULO acho que chega!

sábado, 14 de abril de 2007

Indescritível...

Porque relembra-me os tempos em criança em que passava as tardes colado ao rádio simplesmente a sentir as coisas, porque relembra-me tempos em que era feliz e não o sabia...

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Momento BAH

Ao Ataque Camaradas!!

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Não Sei se é Amor que Tens


Não sei se é amor que tens, ou amor que finges,
O que me dás. Dás-mo. Tanto me basta.
Já que o não sou por tempo,
Seja eu jovem por erro.
Pouco os deuses nos dão, e o pouco é falso.
Porém, se o dão, falso que seja, a dádiva
É verdadeira. Aceito,
Cerro olhos: é bastante.
Que mais quero?


Ricardo Reis

terça-feira, 10 de abril de 2007

Palavras que me tocam...


Eu a convencer-te que gostas de mim,
Tu a convenceres-te que não é bem assim.
Eu a mostrar-te o meu lado mais puro,
Tu a argumentares os teus inevitáveis.

Eras tu a dançares em pleno dia,
E eu encostado como quem não vê.
Eras tu a falar para esconder a saudade,
E eu a esconder-me do que não se dizia.

Afinal...
Quebrámos os dois afinal.
Quebrámos os dois...

Desviando os olhos por sentir a verdade,
Juravas a certeza da mentira,
Mas sem queimar de mais,
Sem querer extingir o que já se sabia.

Eu fugia do toque como do cheiro,
Por saber que era o fim da roupa vestida,
Que inventara no meio do escuro onde estava,
Por ver o desespero na côr que trazias.

(...)
Eras tu a ficar por não saberes partir,
E eu a rezar para que desaparecesses,
Era eu a rezar para que ficasses,
Tu a ficares enquanto saías.

Não nos tocámos enquanto saías,
Não nos tocámos enquanto saímos,
Não nos tocámos e vamos fugindo,
Porque quebrámos como crianças.

(...)
É quase pecado que se deixa.
Quase pecado que se ignora.

Toranja, Quebramos os dois

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Ser

Sentados no baloiço da vida somos capazes de observar cada passo de cada pessoa que nos rodeia... Existe, essencialmente, três tipos de pessoas: aquelas que pura e simplesmente são capazes de abrir a janela e gritar ao mundo "Amo-te"; aquelas que não o conseguem fazer, não porque não o sintam, apenas porque exprimem-se melhor de outra forma; e aquelas que são capazes de abrir a janela e gritar ao mundo "Amo-te", mas esse "amo-te" é dirigido a três biliões de pessoas, ou a várias pessoas em diversas épocas. Em três palavras: Impulsivas, Reservadas, Inconstantes...

Sim! É óbvio que não se pode dividir as pessoas por estas categorias de formas tão deliniares, mas inconscientemente é isso que fazemos, com outros conceitos, outros olhares...
Não está em causa saber que tipo de pessoa somos, porque as pessoas não mudam, apenas se adaptam, não interessa saber se sou alguém bom ou mau, seja o que for não irei mudar. A dificuldade extrema será descobrir o que realmente somos, tentar compreender quem é este ser que move-se em função das nossas ordens revela-se algo de uma possibilidade impossivel; porque talvez nunca teremos todos os elementos para nos qualificar, talvez porque nunca serás a pessoa certa para dizer o que és, mas quando não o podes realmente fazer, ninguém o pode. Não é a pessoa que te olha que pode qualificar o conteúdo...

Porque o espírito de crítica não é para todos, só para alguns...

domingo, 8 de abril de 2007

Momento BAH (Páscoa)

Cuidado com os seus ovos, nem todos os coelhos são tão fofinhos....

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Ser para viver..

O instante extenso da vida,
origina fugacidade de sentimento,
ora vividos, ora alimentados.

O som da guitarra que ao longe toca,
mais leve,
que aquele que assombra para todo
o sempre a nossa cabeça.
Este é mais quente e bom.
Outro pesa e doi.

Onde está a verdade escondida da vida?

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Não, não te amo...

Não te amo, quero-te: o amar vem d'alma.
E eu n'alma --- tenho a calma,
A calma --- do jazigo.
Ai! não te amo, não.


Não te amo, quero-te: o amor é vida.
E a vida --- nem sentida
A trago eu já comigo.
Ai, não te amo, não!


Ai! não te amo, não; e só te quero
De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração.

Não te amo. És bela; e eu não te amo, ó bela.
Quem ama a aziaga estrela
Que lhe luz na má hora
Da sua perdição?

E quero-te, e não te amo, que é forçado,
De mau feitiço azado
Este indigno furor.
Mas oh! não te amo, não.


E infame sou, porque te quero; e tanto
Que de mim tenho espanto,
De ti medo e terror...
Mas amar!... não te amo, não.

Almeida Garrett

terça-feira, 3 de abril de 2007

Momento BAH

O aquecimento global vai extinguir a prática de desportos brilhantes...

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Pensamento do Dia

"Uma vez amei, julguei que me amariam,
Mas não fui amado.
Não fui amado pela unica grande razão -
Porque não tinha que ser. "

Álvaro Campos