sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Once, nos óscars

Foi um prazer - digo eu.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Vencedores Óscars 2008


Melhor Actor - Daniel Day-Lewis (There Will Be Blood)
Melhor Actor Secundário - Javier Barden (No Country To Old Men)

Melhor Actriz - Marion Cotillard (La Vie En Rose)
Melhor Actriz Secundária - Tilda Swinton (Michael Clayton)

Melhor Filme de Animação - RaTaTui

Melhor Direcção Artística - Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street

Melhor Fotografia - There Will Be Blood

Melhor Guarda Roupa- Elizabeth: The Golden Age

Melhor Realizador - Ethan Coen, Joel Coen (No Country To Old Men)

Melhor Documentário - Taxi To The Dark Side

Melhor curta-metragem documental - Freeheld

Melhor Montagem - The Bourne Ultimatum

Melhor Filme Estrangeiro - The Counterfeiters

Melhor Caracterização - La Vie En Rose

Melhor Orquestração - Atonement

Melhor Canção - "Falling Slowly" (Once) recordar-aqui (eu bem que avisei=))

Melhor Filme - No Country To Old Men

Melhor curta-metragem animada - Peter & The Wolf

Melhor curta-metragem ficção - Le Mozart Des PickPockets

Melhor Efeitos Sonoros - The Bourne Ultimatum

Melhor Som - The Bourne Ultimatum

Melhor Efeitos Visuais - The Golden Compass

Melhor Argumento Adaptado - No Country To Old Men

Melhor Argumento Original - Juno

(Estou que nem posso... vi tudo. Para o ano há mais. Até lá!)

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Amamos Sempre no Que Temos...


Amamos sempre no que temos
O que não temos quando amamos.
O barco pára, largo os remos
E, um a outro, as mãos nos damos.
A quem dou as mãos?
À Outra.

Teus beijos são de mel de boca,
São os que sempre pensei dar,
E agora e minha boca toca
A boca que eu sonhei beijar.
De quem é a boca?
Da Outra.

Os remos já caíram na água,
O barco faz o que a água quer.
Meus braços vingam minha mágoa
No abraço que enfim podem ter.
Quem abraço?
A Outra.

Bem sei, és bela, és quem desejei...
Não deixe a vida que eu deseje
Mais que o que pode ser teu beijo
E poder ser eu que te beije.
Beijo, e em quem penso?
Na Outra.

Os remos vão perdidos já,
O barco vai não sei para onde.
Que fresco o teu sorriso está,
Ah, meu amor, e o que ele esconde!
Que é do sorriso
Da Outra?

Ah, talvez, mortos ambos nós,
Num outro rio sem lugar
Em outro barco outra vez sós
Possamos nos recomeçar
Que talvez sejas
A Outra.

Mas não, nem onde essa paisagem
É sob eterna luz eterna
Te acharei mais que alguém na viagem
Que amei com ansiedade terna
Por ser parecida
Com a Outra.

Ah, por ora, idos remo e rumo,
Dá-me as mãos, a boca, o ter ser.
Façamos desta hora um resumo
Do que não poderemos ter.
Nesta hora, a única,
Sê a Outra.

Fernando Pessoa

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Porque hoje sinto-me assim...



O Lago Encantado,
De um cor-de-rosa avermelhado,
É paisagem imprescindível,
Num momento intitulado: Indescritível.

A Ponte ao fundo,
De um castanho suave e profundo,
É o elo de ligação,
Da minha margem à tua: Paixão.

Em Terra predominam as flores encantadas,
Diversas são as cores encontradas e desejadas.
Representam o fruto do enlace,
Forte, o que seria de mim se não te amasse?

Tu. Pele macia, olhar doce…
Teus cabelos voam como se nada fosse.
Um momento, apenas um momento desejo…
Mergulho naquele sentimento: um abraço, um beijo.

'Cause today I feel this way....

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Acordei e perguntei-me.:


Isto é algum Cataclismo ou algum género de Apocalypse?
Está Bonito Está!!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Parce qu' Aujourd'hui c'est la fête de la Saint-Valentin!

Une Image:

Une Poeme:

E de súbito desaba o silêncio.
É um silêncio sem ti,
sem álamos,
sem luas.

Só nas minhas mãos
ouço a música das tuas.


Eugénio de Andrade, in «Coração do Dia»

Une Musique:



Un Classique:



P.S.:

Tu já tinhas um nome, e eu não sei
se eras fonte ou brisa ou mar ou flor.
Nos meus versos chamar-te-ei amor.

Eugénio de Andrade, in «As Mãos e os Frutos»

Le Fin

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

"Gone Baby Gone"


Recentemente tive, finalmente, a oportunidade de ver o aclamado filme "Gone Baby Gone" ("Vista pela última vez" ou "Medo da Verdade"). Sim, não minto, o facto de se ter falado das suas semelhanças com o Caso Maddie foi a minha grande motivação para o ver. Ao princípio desconfiei um pouco da sua qualidade: em primeiro lugar, Ben Affleck era o seu realizador. Não sou grande fã da sua performance enquanto actor, excepto aqui ou ali. Como realizador poucas indicações a favor ou contra. Sem dúvida, Casey Affleck, irmão de Ben, é muito melhor actor; ele que também entra no filme. Em segundo lugar, deu-me sempre a sensação que se não fosse o Caso Maddie talvez este filme nunca tivesse sido muito publicitado, pareceu-me, sobretudo, uma questão de oportunidade. Por isto, foi com reservas que o fui ver; confesso, com um medo enorme de chorar o dinheiro pelo bilhete e, sobretudo, pelo tempo perdido.

Depois de o ver, tive um pensamento único "Foi bom. Extremamente real." É, sem reservas, um filme com tacto. Fundamento esta minha ideia em três vertentes. Na primeira encontra-se a excelência dos actores Casey Affleck, Morgan Freeman, ED Harris... quem não se lembra dos Condenados de Shawshank ou de Mr. Brooks? Na segunda encontra-se a realização. Sim, Ben Affleck surpreendeu-me. Tal como Mel Gibson me surpreendeu com a Paixão de Cristo e o Apocalypto. Ambos eram apenas mais "um actor", como realizadores têm "visão". Gostei. Gostei, sobretudo, do jogo de ping-pong em que somos levados a ver; e do drama. Aquele drama que só alguns filmes como Philadelphia, John Q., Finding Neverland nos conseguem levar ao toque no nosso mais profundo ser. Por último, o cerne. O conteúdo em si. Fala de rapto, fala da morte, fala da perda, fala da esperança de recuperar a perda, a morte, o rapto. Fala, essencialmente, da presença física e sentimental que todos em família temos para com todos. Enfim, gostei do facto de conseguir magicar dúzias de finais possíveis para todas aquelas histórias; gostei ainda mais por só descobrir o final quando já não havia muito para mostrar. Mas, quando descobrimos o final, afinal, parece que esse final ainda não o é. É um trailer desse final ou melhor, é uma simulação.

"Gone Baby Gone",
mais do que semelhanças com o Caso Maddie (reduzem-se a semelhanças físicas com a rapariga desaparecida), é semelhante aquele livro de suspense que lemos; onde existem "n" suspeitos para um criminoso; alguém se lembra dos livros de Mary Higgins Clark? "Na rua onde moras..." é um bom exemplo do seu talento, mas sobretudo da mística parecida com este filme.

Dois conclusões me ficaram: Não perderei nenhum filme realizado por Ben Affleck e, por vezes, é bom arriscar e ir ver aquele filme que julgamos ser apenas mais um...

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Aquele sentimento...


Eu celebro o eu, num canto de mim mesmo,
E aquilo que eu presumir também presumirás,
Pois cada átomo que há em mim igualmente habita em ti.

Descanso e convido a minha alma,
Deito-me e descanso tranqüilamente, observando uma haste da relva de verão.

Minha língua, todo átomo do meu sangue formado deste solo, deste ar,
Nascido aqui de pais nascidos aqui de pais o mesmo e seus pais também o mesmo,
Eu agora com trinta e sete anos de idade, com saúde perfeita, dou início,
Com a esperança de não cessar até morrer.

Crenças e escolas quedam-se dormentes
Retraindo-se por hora na suficiência do que não, mas nunca esquecidas,
Eu me refugio pelo bem e pelo mal, eu permito que se fale em qualquer casualidade,
A natureza sem estorvo, com energia original.

Walt Whitman

Encontrei isto...

Não me importo com as rimas. Raras vezes
Há duas árvores iguais, uma ao lado da outra.
Penso e escrevo como as flores têm cor
Mas com menos perfeição no meu modo de exprimir-me
Porque me falta a simplicidade divina
De ser todo só o meu exterior

Olho e comovo-me,
Comovo-me como a água corre quando o chão é inclinado,
E a minha poesia é natural como o levantar-se vento...

Alberto Caeiro

Pilobolus, nos Óscars



Palavras para quê? Cinema+Arte=Fabuloso.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Hoje, regresso à escrita, a inspiração voltou-me e prendeu-me num abraço profundo!


Sentado na rocha ao pé do mar,
Só agora me apercebo da realidade da vida,
Bem diferente das nossas ideias,
O lado negro das crateras da lua.

Se me importo com tudo isto?
Talvez me importe mais por não ter compreendido mais cedo..
Mas todo o ser vive no seu mundo...
Idealizado. Obscuro.

Cresce a velocidade do vento.
Comparável à mudança repentina da
noite para o dia
na nossa vida.
Hoje de manhã tínhamos as mãos unidas e o sorriso brilhante.
Agora não te vejo...
as tuas mãos não sinto...
a tua cara não imagino.
É o eufemismo da vida.

Por vezes, tudo parece imutável,
raio do tempo que tudo muda.
Até as rochas que me apoiam desapareceram
com o embater das agressivas ondas...

O próprio calor que era a causa da minha vinda...
já se foi...
O que há agora não é mais
do que uma brisa gelada,
me chateia e entristece.

Preparo-me para ir...
É já de pé que te vejo.
Sentada o suficientemente longe para que não te veja...
mas o suficientemente perto para que me sintas...

Apesar de tudo...
No fim, lá estava ela.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Genial!

É oficial: Eu dei o salto.