segunda-feira, 29 de março de 2010

Austrália

Sinopse:

Austrália é uma aventura épica e romântica, passada no início da segunda guerra mundial. Conta a história de uma aristocrata inglesa, Lady Sarah Ashley, cujo marido, desesperado por arranjar dinheiro, passou o último ano na Austrália, preparando a venda do seu último bem: uma quinta de gado do tamanho de uma pequena cidade, chamada "Faraway Downs". Suspeitando dos seus planos, Sarah viaja num hidroavião para este continente longínquo, com destino à tropical e remota Darwin, para tomar as rédeas do assunto. No entanto, ela é recebida, não pelo marido, mas sim por um rude e mal-educado vaqueiro, apenas conhecido como "O Condutor". Sarah é transformada pelo poder e pela beleza do continente mais antigo do mundo, encontrando romance na paisagem, paixão no condutor de gado e amor maternal em Nullah, uma criança aborígene. Mas, quando a segunda guerra mundial chega também à costa da Austrália, esta família invulgar é separada. Agora Sarah, "O Condutor" e Nullah têm que lutar para se reencontrarem no meio da tragédia e caos dos bombardeamentos japoneses a Darwin.

Opinião:

Já andava há imenso tempo para ver este filme. O estrondoso sucesso que teve nas nossas salas de cinema levou-me a vê-lo, mais até do que por causa da sua sinopse. Hoje, foi dia de realizar esse desejo. Sem rodeios, não achei um filme do outro mundo, capaz de me deixar bloqueado mentalmente dias e semanas. A verdade é que é um filme lento que se desenrola a cada minuto da sua intriga, talvez por isso a sua enorme duração (2 horas e 30 m!). O enredo tem como pano de fundo a guerra (mais uma vez, a guerra.) e como principal objectivo o de sensibilização para a comunhão das culturas existentes como uma só, sem discriminações e afastamentos. Naquela altura na Austrália, propagava-se o racismo por cada canto das pseudo-cidades, onde ainda dominava o "capitalismo branco". No meio disto, aparece uma "cinderela" vinda do reino da nobreza que se insere no insubordinado mundo do povo. Aí conhece o "vaqueiro" e aí se desenrola algo.

Bom, vejamos: em comparação com dezenas de filmes que já vi, este não visa, nem comporta como principal mensagem o amor ou até a luta pelo amor. Temos uma guerra, temos uma luta de classes e lá no meio cruza-se um par um pouco estranho e improvável, que origina um pouco de romance. O que quero dizer é que a principal mensagem deste filme não é o romance (aliás, como pensava ao início), mas sim a cultura e as suas vantagens e inconvenientes. Austrália será mais do que um simples romance, é mais virado para uma lição de vida, onde o romance é uma pincelada especial de todo o quadro.

Perante isto, na minha opinião, achei o argumento pouco estimulante, apesar de o considerar em certa medida bastante original. O que é de exacerbar sem qualquer mácula é o elenco: Nicole Kidman e Hugh Jackman simplesmente fantásticos, aliás, como já vem sendo hábito. Vale a pena ver, mas sem pressas e quando não houver mais nada para se ver.


Nota: 5/10 - Razoável

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