domingo, 22 de fevereiro de 2009

Amor Vivo.


Amar! Mas d'um amor que tenha vida...
Não sejam sempre tímido a arpejos,
Não sejam só delírios e desejos
D'uma douda cabeça escandecida...

Amor que viva e brilhe! Luz fundida
Que penetre o meu ser - e não só beijos
Dados no ar - delírios e desejos -
Mas amor... dos amores que têm vida...

Sim, vivo e quente! E já a luz do dia
Não virá Dissipá-lo nos meus braços
Como névoa de fantasia...

Nem murchará do sol à chama erguida...
Pois que podem os astros dos espaços
Contra débeis amores... se têm vida?


Antero de Quental

0 Sussurro(s):