domingo, 25 de fevereiro de 2007

Manifestação de Lágrimas

Lá fora cai a chuva, sem perdoar.
Forte, irritante, viva.
Cá dentro caem lágrimas,
Macias, tristes, secas.

É um paralelismo comparável sem comparação.
É uma água vinda de fontes diferentes.
É uma explicação de razões inexplicáveis.
O movimento dos carros a limpar a chuva das estradas,
É o mesmo que a minha mão faz,
Limpando as minhas lágrimas.

Mas porque choro eu?
Talvez pelas mesmas razões que choras tu.
Afinal porque choras tu?
Eu sei muito bem, não digas!

Todo este choro é a consequência do passado.
Nesse mesmo não o quisemos, hoje somos obrigados.
A culpa está nas lembranças do passado,
A culpa está no não chorar quando devemos.
Com tudo isso apenas sofremos.

Porque o pior choro é aquele que não se manifesta…

(E pronto(s) mais um...)

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