terça-feira, 23 de setembro de 2008

I guess I'll try again tomorrow...


Abri a janela. De imediato senti-me invadido pela brisa da manhã e por um raio de sol. Pensei que ambos me podiam ajudar a esquecer a tristeza que senti. Acordei sem ti ao meu lado. Abri os olhos e a tua parte estava vazia. Quis regressar ao sonho, um sonho onde te tinha. Não consegui. Senti-me inutil e com um vazio enorme. Procurei entre as gavetas as cartas que recebi de ti em tempos, deitei-me e passei as horas seguintes a ler cada uma... Recordei sílabas olimpicas que me marcaram, mas o que mais me ficou alojado no coração, foi o mergulho de amor que me fizeste sentir. Se pudesse ser poeta, diria que as tuas cartas são o meu palácio encantado e que o teu amor é o meu castelo. Mas não o sou. Sem ti não o sou.

Arrumei as cartas. E fui ao banho acompanhado pela saudade. Quando regressei, um bilhete estava sobre a tua almofada. Fiquei desiludido quando descobri que era o mesmo bilhete que escrevia todas as noites e que colocava na tua almofada esperando que ouvisses o meu segredo: "não partas nunca mais..."


"Touch my mouth with your hands..."

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