sábado, 15 de novembro de 2008

P.S. I Love You


P.S. I Love You. Este é daqueles filmes que nos surge como um embrulho de emoções, tal como aquelas cartas de amor que contém tudo, e nos fazem viver sentimentos que julgávamos impossíveis de viver. Se pensam que se trata de uma comédia romântica, estão enganados. Estabelecendo lugares paralelos é um filme que fica bem mais perto do "Palavras que nunca te direi" ou "Um amor para recordar", do que qualquer outro género de romances.

Ao contrário dos outros, não é um filme que se focaliza no amor. Por outro lado, é um filme que constrói o amor. Numa perspectiva filosófica, poderíamos dizer que ele alimenta a construção do amor, depois dele ter nascido e até um infinito distante. Dizer que o filme retrata uma história de amor é dizer muito pouco, é mais que isso... é um exemplo de vivência humana. Direcciona-se para o passo seguinte depois do amor estar estabelecido, para lá da muralha que é a construção a dois.

Em termos muito pragmáticos, o filme versa sobre como se mantém um amor que já não é possível fisicamente, ou melhor, depois de um amor intenso, único e que por vezes não se dá a sua devida importância, o que acontece quando já não é possível? Este filme levamos para uma mítica discussão que é a de saber: para se amar é essencial estar fisicamente presente? Respondo: não. E falo por experiência própria. É possível amar-se alguém que não está connosco, porque a arte de saber amar é saber estar perto quando se está longe... é o que alimenta a chama, e o sentimento de carinho. É verdade que no filme falamos de uma perspectiva diferente que é de não estar fisicamente presente nenhuma vez mais. Suponho que seja impossível esquecer cada sentimento de um dia para o outro, mesmo não tendo a outra pessoa para alimentar esse amor, mas onde o filme se torna especial é neste ponto: "nunca mais estará presente fisicamente, mas o amor continuará a ser alimentado..." Alimentado por aquilo que Álvaro Campos dizia: "Todas as cartas de amor são ridículas. E não seriam cartas de amor se não fossem ridículas..." Este filme encaminha-nos para uma outra visão das coisas: damos verdadeiramente valor ao que é importante para nós? sabemos tomar as opções certas no momento certo? Muitas são as vezes em que não damos valor ao que é importante para nós e só nos lembramos quando acordamos com um vazio no peito e depois recordamos as oportunidades perdidas, os momentos tristes por coisas sem significado, e concluímos que nos esquecemos de dizer "Amo-te. És a coisa mais importante para mim na vida.." porque se estava menos bem, e mal nos apercebemos que aquela era a última oportunidade...

Este filme ensina outra coisa: no nosso coração ninguém manda e, por vezes, muito menos mandamos nós próprios... pedirem-nos para seguirmos em frente e esquecermos o nosso grande amor é, simplesmente, uma tarefa impossível para quem ama verdadeiramente...

É daqueles filmes obrigatórios de se ver. Eu diria que não é extremamente lamechas, mas sim extremamente puro. Eu revi-me em várias coisas e acções... aquelas coisas que só nós compreendemos o seu significado. É romântico, muito romântico... onde vive a surpresa e a presença... Entrou para o lote dos meus filmes preferidos, é mais um daqueles que quero ver, uma, duas, três vezes mais... as que forem precisas para memorizar falas, cenas e captar sentimentos que muitas vezes passam-nos ao lado na primeira vez que vemos... É um doce, um simples doce...


"It's to tell you how much you move me, how you changed me. You made me a man, by loving me . And for that, I am eternally grateful... literally. If you can promise me anything, promise me that whenever you're sad, or unsure, or you lose complete faith, that you'll try to see yourself through my eyes. Thank you for the honor of being my wife. I'm a man with no regrets. How lucky am I. You made my life. But I'm just one chapter in yours. There'll be more. I promise."
P.S. I will always love you...

2 Sussurro(s):

Bárbara Azevedo disse...

finalmente Cristiano.. lol
Podes continuar. :P

Cl@udi@ disse...

n podia estar mais d acordo ctg...